O Partido com Paredes de Vidro - Partido Comunista Português
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O <strong>Partido</strong> <strong>com</strong> <strong>Pare<strong>de</strong>s</strong> <strong>de</strong> <strong>Vidro</strong><br />
violenta repressão e obrigado a adoptar rigorosas regras <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa,<br />
o PCP, na clan<strong>de</strong>stinida<strong>de</strong>, salvo curtos períodos, nunca<br />
esteve voltado para <strong>de</strong>ntro. Ao contrário. Esteve sempre voltado<br />
para fora, para as massas, tendo <strong>com</strong>o preocupação fundamental<br />
a ligação à classe operária e às massas e a direcção,<br />
preparação, organização e <strong>de</strong>senvolvimento da luta da classe e<br />
das massas, encontrando ou <strong>de</strong>scobrindo para isso as formas<br />
a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> organização e <strong>de</strong> associação do trabalho legal,<br />
semilegal e ilegal.<br />
Essa orientação do trabalho voltado para fora, para as<br />
massas, não só foi um dos factores <strong>de</strong>cisivos para que o <strong>Partido</strong><br />
tivesse podido resistir à repressão, durante <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> anos<br />
<strong>de</strong> ditadura, <strong>com</strong>o explica que, após o 25 <strong>de</strong> Abril, o PCP, senhor<br />
<strong>de</strong> rica experiência, tenha aparecido <strong>com</strong> extraordinária<br />
inserção nas massas populares e <strong>com</strong> gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
mobilização e direcção da sua luta.<br />
Insistindo na sua orientação política, continuando a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r<br />
<strong>com</strong> firmeza e <strong>de</strong>dicação os interesses do povo português<br />
e <strong>de</strong> Portugal, <strong>de</strong>senvolvendo o trabalho e a luta <strong>de</strong> massas, é<br />
praticamente inevitável que, mantendo-se o regime <strong>de</strong>mocrático,<br />
a organização do PCP continuará a alargar-se e a reforçar-se.<br />
O PARTIDO — «AQUELA MÁQUINA»?<br />
A propaganda anti<strong>com</strong>unista, por muito absurdas invencionices<br />
e muito vis calúnias que engendre e divulgue, não po<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> reconhecer a força, o rigor e eficiência do trabalho, a<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> organização e <strong>de</strong> mobilização do <strong>Partido</strong>.<br />
Para explicar tal apreciação, que contradiz um juízo global<br />
<strong>de</strong>preciativo, afirma que o <strong>Partido</strong> é «uma máquina» — «aquela<br />
máquina».<br />
À primeira vista, a expressão parece tanto um elogio que<br />
até camaradas a tomam <strong>com</strong>o tal e a repetem contentes.<br />
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