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Weekend 1195 : Plano 56 : 1 : P.gina 1 - Económico

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26 <strong>Económico</strong> — <strong>Weekend</strong> Sábado 5 Dezembro 2009<br />

POLÍTICA<br />

Catarina Madeira<br />

catarina.madeira@economico.pt<br />

No mesmo dia, Francisco Pinto<br />

Balsemão e Marcelo Rebelo de<br />

Sousa pediram ao partido que se<br />

defina para fazer frente ao PS,<br />

numa estratégia que nem sempre<br />

deverá ser de confronto. Se Marcelo<br />

acredita que o PSD, “como<br />

partido de Governo”, não deve<br />

fazer oposição por oposição,<br />

Balsemão defende “pactos de<br />

fundo ou acordos de regime” e<br />

não tem dúvidas em afirmar que<br />

os social-democratas estão<br />

“mais próximos do PS em várias<br />

coisas do que do CDS”.<br />

Em contagem decrescente<br />

para a marcação das eleições directas,<br />

que vão definir o próximo<br />

líder, os dois históricos fazem um<br />

apelo para que o partido se assuma<br />

como uma alternativa de Governo,<br />

colocando-o no centro do<br />

espectro político.<br />

“Estamos mais<br />

próximos do PS<br />

em várias coisas do<br />

que do CDS”, disse<br />

Balsemão defendendo<br />

acordos de regime<br />

em áreas-chave.<br />

“Mais do mesmo, mesmo que<br />

melhor executado, não nos leva a<br />

parte alguma se não a ficarmos<br />

agarrados à paralisia e ao pântano<br />

onde nos encontramos”,<br />

disse Balsemão, com o peso que<br />

lhe confere a posição de militantenúmeroumdopartido.<br />

Perante uma plateia de mais de<br />

150 pessoas que se reuniu para o<br />

primeiro debate organizado<br />

pelo Instituto Francisco Sá Carneiro<br />

(IFSC), o ex-primeiroministro<br />

pediu ao PSD para ser<br />

“coerente com a ideologia, ter<br />

coragem, correr riscos e liderar a<br />

inovação”.<br />

No primeiro de uma série de<br />

debates para preparar o caminho<br />

da sucessão de Ferreira Leite, o<br />

fundador disse que, a manter-se<br />

neste “impasse”, o PSD “caminha<br />

para um lento suicídio”.<br />

Quase ao mesmo tempo, Marcelo<br />

Rebelo de Sousa – que depois<br />

de ter fechado a porta a uma<br />

Infografia: Mário Malhão | mario.malhao@economico.pt<br />

Sem directas marcadas,<br />

o PSD debate o rumo a seguir<br />

A caminho de uma nova liderança, Balsemão e Marcelo colocam PSD no centro.<br />

candidatura à liderança, tem<br />

deixado a janela dos conselhos<br />

entreaberta – defendeu que,<br />

“mais tarde ou mais cedo, as<br />

pessoas [dentro do PSD] vão ter<br />

de fazer o debate de ideias”.<br />

Numa entrevista à RTPN, o professor<br />

apelou à união do partido<br />

“para enfrentar o PS”, a quem,<br />

segundo Marcelo, restam apenas<br />

dois anos de Governo.<br />

OpróximodebatedoIFSCestá<br />

marcado para dia 17 e vai contar<br />

com Paulo Rangel, um dos nomes<br />

que também chegou a ser equacionado<br />

para a liderança pelo núcleo<br />

de Ferreira Leite. Antes ainda,éPassosCoelhoquemdáuma<br />

entrevista ao Jornal de Notícias,<br />

numa altura em que, aos apoios<br />

fiéis de Miguel Relvas e Ângelo<br />

Correia, juntou a ex-vice de<br />

Marques Mendes: Paula Teixeira<br />

da Cruz que vai elaborar a revisão<br />

do programa do PSD caso Passos<br />

seja eleito líder. ■<br />

QUATRO PERGUNTAS A...<br />

Alexandre Relvas<br />

Presidente do IFSC<br />

“PSD deve propor<br />

libertação<br />

da sociedade civil”<br />

Alexandre Relvas faz um balanço<br />

positivo do primeiro, de uma série<br />

de debates, em que pretende<br />

lançar correntes de opinião para<br />

a definir a próxima liderança<br />

social-democrata.<br />

Como reage às provocações<br />

dos oradores sobre<br />

a necessidade do PSD<br />

se reencontrar?<br />

O debate desta noite [última<br />

quarta-feira] mostrou a riqueza<br />

do PSD e a capacidade de se<br />

diferenciar das propostas do PS:<br />

contrapor, ao sobrepeso do<br />

Estado, o valor da sociedade civil;<br />

defender a desmilitarização<br />

do regime; defender a liberdade<br />

da comunicação social<br />

e a abertura ao sector privado<br />

de múltiplas actividade<br />

económicas. A ideia é haver um<br />

debate de ideias que se possa<br />

propagar a todo o partido.<br />

Francisco Pinto Balsemão<br />

falou na necessidade de<br />

acordos de regime em áreaschave<br />

(educação, saúde,<br />

justiça e administração<br />

pública). Concorda?<br />

Essa é uma opinião pessoal entre<br />

muitas, não vou comentar. O mais<br />

interessante é saber como o PSD<br />

deve reagir a um Governo<br />

minoritário e exercer oposição:<br />

deve passar por uma oposição<br />

sistemática ou por uma posição<br />

construtiva que, no limite, chegue<br />

a pactos como os propostos?<br />

Falou-se da posição que o PSD<br />

deve ocupar no espectro<br />

político. A identidade<br />

ideológica do PSD sai mais<br />

clara deste debate?<br />

Falou-se aqui da sociedade civil<br />

e de um Estado omnipresente em<br />

todas as dimensões da vida<br />

económica e social. O que o PSD<br />

deve propor é exactamente a<br />

libertação da sociedade em<br />

relação a esse peso do Estado.<br />

No final destes debates, que<br />

contributo espera ter dado?<br />

O debate de ideias vai criando<br />

correntes de opinião e isso será<br />

útil para a próxima liderança do<br />

PSD. Tem aqui muitas questões<br />

sobre as quais deve reflectir. ■<br />

“Interessante é saber<br />

se o PSD deve fazer<br />

uma oposição<br />

sistemática ou uma<br />

posição construtiva?”

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