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32 Económico — Weekend Sábado 5 Dezembro 2009
RADAR MUNDO
1 Reino Unido
Ajuda estatal aos bancos britânicos
ultrapassou 943 mil milhões
O apoio estatal do Reino Unido
aos bancos britânicos atingiu
942.833,7 milhões de euros em
consequência da crise financeira
global, refere um relatório da
agência National Audit Office
(NAO).
O primeiro-ministro, Gordon
Brown, diz que aquele “montante
sem precedentes” foi justificado
para salvar os bancos,
que entraram em colapso depois
da falência do norte-americano
Lehman Brothers, em 2007.
A Grã-Bretanha gastou vários
milhões de libras para salvar os
seus maiores bancos, incluindo
o Royal Bank of Scotland (RBS)
e Lloyds Banking Group (LBG),
durante a crise, enquanto que o
Northern Rock foi nacionalizado.
O LBG passou a ser detido
pelo Estado em 43%, enquanto
o RBS, devastado pela crise de
crédito à aquisição do gigante
holandês ABN Amro, deverá
passar a ser detido pelo Estado
em 84%.
Amyas Morse, chefe da NAO
disse que a eventual venda do
RBSedoLBGserão“cruciais”
para determinar o custo final
para os contribuintes do salvamento
destas instituições. ■
3 Alemanha
Bundesbank revê crescimento em alta
A crise económica global atingiu
a Alemanha a uma escala
menor do que antecipado, segundo
banco central alemão. O
Bundesbank reviu ontem em
alta o prognóstico para a maior
economia da Europa. Para 2010
os economistas no ‘Buba’ já
não prevêem um crescimento
zero, apontando agora uma subida
de 1,6%, depois de uma
quebra de 4,9% este ano. Originalmente
o banco previa um
recuo de 6%, em consequência
da crise económica global. Em
2011, ainda segundo o relatório
mensal do Bundesbank, apresentado
ontem em Frankfurt, a
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Royal Banco of Scotland e o Lloyds doram dois dos bancos intervencionados.
3
Luke MacGregor/Reuters
conjuntura deverá crescer
1,2%,
Os autores do relatório constatam
que as perspectivas da
economia melhoraram “de forma
tangível” nos últimos meses.
A recuperação, iniciada no
Economia deve crescer 1,6% em 2010.
7
2 Alemanha
VW reforça capital
A grande maioria dos
accionistas da Volkswagen
aprovou um aumento de capital
destinado a financiar a compra
de 49,9% da fabricante de
automóveis desportivos de luxo
Porsche, disse a empresa em
comunicado. O reforço será
feito através da emissão de 135
milhões de acções
preferenciais, no valor de
8.000 milhões de euros e foi
aprovado por 98,7% dos
investidores em assembleia
geral extraordinária.
“Com esta estrutura de capital,
que é válida até Dezembro de
2014, a Volkswagen obtém a
flexibilidade financeira
necessária para crescer, ao
mesmo tempo que garante a
liquidez adequada e uma
estrutura financeira saudável”,
diz o mesmo comunicado. Com
esta aquisição, a VW espera
ultrapassar a Toyota como
maior fabricante de automóveis
do mundo em 2018. Os poucos
accionistas que se opuseram
alertaram para o elevado preço
a pagar pela Porsche, de 3,9 mil
milhões de euros, quando a
empresa apresentava uma
dívida de cerca de 11.400
milhões de euros em 31 de
Julho último.
segundo trimestre do ano, ficou
a dever-se a uma política
de estímulo fiscal e monetário,
esperando-se que prossiga
“nos próximos anos”.
Os economistas do ‘Buba’ esperam
que o aumento da exportação
e dos investimentos,
assim como o reforço do consumo,
dêem novos impulsos à
conjuntura. Alerta, no entanto,
para um aumento do desemprego,
que poderá ultrapassar
os 10% em 2011. Também a inflação
deverá subir ligeiramente
nos próximos dois anos,
atingindo 1% em 2011, após
0,3% este ano. ■ C.K.
A Aliança Atlântica segue as passadas de Obama no Afeganistão.
4 Bélgica
Nato envia 7.000 tropas para Afeganistão
A Organização do Tratado do
Atlântico Norte (Nato) disse que
25 dos países aliados prometeram
enviar cerca de 7.000 soldados
para apoiar a guerra liderada
pelos Estados Unidos no
Afeganistão. A decisão surge na
sequência do compromisso do
presidente norte-americano,
Barack Obama, de o seu país
enviar mais 30.000 soldados
para o local.
“As nações estão a apoiar as
suas palavras com acções”, disse
o secretário-geral da Nato,
Anders Fogh Rasmussen, em
entrevista colectiva após reunião
com os ministros dos Negócios
Estrangeiros da Nato.
5 Bolívia
Evo Morales à frente com mais de 50%
Os partidos bolivianos encerraram
quinta-feira a campanha
para as eleições do próximo domingo,
que deverão levar às urnas
cinco milhões de pessoas. O
presidente Evo Morales – apontado
como grande favorito de
acordo com as últimas sondagens
– tenta sua primeira reeleição,
e se vencer governará o
país por mais cinco anos, até Janeiro
de 2015.
Além da Presidência, estão em
jogo a formação da Assembleia
Legislativa Plurinacional, órgão
legislativo que substituirá o
Congresso de acordo com a
Constituição aprovada no princípio
de 2009. O partido de Morales,
o Movimento ao Socialismo
(MAS), precisa obter a
maioria qualificada de dois terços
para “avançar nas suas revoluções
indigenistas e socialistas”
sem ter que negociar com
seus opositores. Nos últimos
dias, a corrida eleitoral foi marcada
por uma polémica prota-
“Pelo menos 25 países vão enviar
mais forças para a missão
em 2010”, reforçou.
Rasmussen afirmou ainda esta
medida, com a contribuição dos
Estados Unidos, irá aumentar o
número total de forças estrangeiras
no Afeganistão para cerca
de 140.000 e irá ajudar a combater
uma insurgência Taliban.
No entanto, na mesma reunião,
os Estados Unidos disseram que
pretendem começar a retirar alguns
dos soldados do Afeganistão
em meados de 2011, estabelecendo
um prazo para as forças
de segurança afegãs assumirem
a responsabilidade do país.■
gonizada pela Corte Nacional
Eleitoral (CNE), que emitiu uma
resolução que impede o voto de
400.671 cidadãos que foram
“observados” pelo órgão e precisam
apresentar certidões de
nascimento para poderem ir às
urnas.
Reyes Villa, ex-militar e ex-governador
de Cochabamba, é o
candidato da oposição mais
bem colocado nas sondagens,
concorrendo pelo Plano Progresso
Para Bolívia-Convergência
Nacional (PPB-CN). Chega
às eleições com cerca de 20%
das intenções de voto. ■
Presidente tenta reeleição.
David Mdzinarishvili / Reuters