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Weekend 1195 : Plano 56 : 1 : P.gina 1 - Económico

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8 | Outlook | Sábado, 5.12.2009<br />

UTOPIAS<br />

Game over<br />

A luta constante pelo domínio das salas<br />

de estar pode estar a chegar ao fim.<br />

As consolas de videojogos enfrentam,<br />

pela primeira vez, uma ameaça<br />

real de substituição. Pior que isso,<br />

por um sistema bem mais simples,<br />

mais prático e mais barato<br />

TEXTO LUÍSA DE CARVALHO PEREIRA<br />

Os dias da Playstation e da Xbox podem<br />

estar a chegar ao fim. Todos os anos<br />

por esta altura, saem milhares de unidades<br />

das estantes das lojas direitinhas<br />

para debaixo da árvore. Este ano<br />

não será excepção e não é preciso<br />

pertencer ao ‘staff’ do Pai Natal para adivinhar que<br />

esta é uma das prendas mais vezes inscrita nas listas<br />

de pedidos da época. Mas pode não ser assim por<br />

muito mais tempo e talvez seja esta a altura certa<br />

para começar a ponderar melhor o investimento. É<br />

que dentro em breve, as consolas, tal como as conhecemos,<br />

ameaçam tornar-se obsoletas. Um novo<br />

sistema ‘on-demand’ vai permitir-lhe estar na sua<br />

sala, escolher o jogo que quiser, de qualquer consola,<br />

sem que para isso precise de mais do que um comando<br />

e um canal de televisão. Esta será a forma<br />

mais fácil, barata e diversificada de aceder aos jogos<br />

favoritos com o menor esforço possível. Acabou o<br />

botão On/Off.<br />

O sistema Playcast é um novo avanço tecnológico<br />

que combina a conveniência do Vídeo on Demand e<br />

uma nova geração de jogabilidade difundida por<br />

cabo ou IPTV (Internet Protocol Television). Este<br />

sistema permite jogar sem o auxílio de uma consola<br />

ou a necessidade de comprar, fisicamente, os jogos.<br />

“Precisamos ter em mente que, para o utilizador,<br />

é algo totalmente novo. Imagine assistir a um jogo<br />

de futebol num canal desportivo por cabo e ser capaz<br />

de desencadear uma versão de FIFA ou Pro Evolution<br />

Soccer com as mesmas equipas, com o toque<br />

de um botão. Com o nosso serviço livre de consolas<br />

e modelos de preços de custo eficaz, o nosso público-alvo<br />

vai muito além de todos os ‘hard-core gamers’”,<br />

explica Alon Shtruzman, presidente de<br />

Media da Playcast.<br />

A Playcast é empresa de capital de risco<br />

sediada no Reino Unido e em Israel.<br />

Shtruzman explica que o sistema vai<br />

oferecer uma selecção de<br />

jogos de vídeo<br />

A Playcast<br />

anuncia-se com<br />

tecnologia para<br />

jogar jogos sem ter<br />

uma Playstation 3<br />

ou Xbox 360.<br />

Não é necessário<br />

descarregar os jogos<br />

e tudo que precisa<br />

é de um comando e<br />

de uma ligação<br />

Cabo/IPTV.<br />

O sistema já está<br />

a trabalhar em<br />

várias plataformas<br />

mas deverá ser<br />

lançado<br />

comercialmente<br />

algures no inicio<br />

do próximo ano<br />

das principais editoras como um canal de assinatura.<br />

“Vemo-nos como uma operação de televisão<br />

paga, em colaboração com companhias como a Virgin,<br />

a Sky, a BT no Reino Unido e a Cablevision na<br />

América, oferecendo jogos de vídeo on-demand,<br />

como parte do mix da televisão. O portal de jogos<br />

vai aparecer como um canal no EPG (electronic<br />

programme guide)”. Alon revela que “qualquer<br />

jogo pode ser acedido através do Playcast. Uma vez<br />

que é baseado em vídeo podemos transmitir os mais<br />

avançados e pesados jogos, incluindo os títulos mais<br />

recentes”.<br />

Ao que parece tudo o que necessita é de um comando.<br />

O Playcast anuncia-se como uma tecnologia<br />

para jogar sem ter uma Playstation 3 ou Xbox<br />

360. Não necessita descarregar os jogos como no<br />

serviço da GameTap, Steam ou Xbox Live. O servidor<br />

da Playcast converte, codifica e transmite jogos<br />

de alta gama em tempo real com fluxo MPEG (transmissões<br />

contínuas).<br />

O maior problema técnico de jogos em ‘streaming’<br />

deve-se à latência, ou seja, o atraso entre<br />

premir um botão de um controlo remoto e algo<br />

acontecer no ecrã. Se estivermos a ver um filme,<br />

meio segundo pode ser aceitável mas nunca quando<br />

jogamos um jogo. O Playcast apregoa ter ultrapassado<br />

essa barreira utilizando algoritmos patenteados<br />

pela própria empresa, que reduzem drasticamente<br />

a latência inerente, mantendo a qualidade do<br />

vídeo semelhante às consolas e a formação de um<br />

padrão de transmissão contínua de MPEG e bitrates.<br />

“O Playcast representa um salto quântico para jogos<br />

on demand”, diz Guy De Beer, CEO da empresa.<br />

“Enquanto os sistemas de televisão por cabo oferecem<br />

actualmente, na melhor das hipóteses, apenas<br />

jogos rudimentares, o Playcast marca o início de<br />

uma nova geração de distribuição de jogo. Finalmente,<br />

o espaço de televisão e jogos reais unem-<br />

-se para oferecer novos caminhos para alcançar<br />

os utilizadores”.<br />

Shtruzman conta-nos que o sistema já<br />

está a trabalhar em várias plataformas mas<br />

que será lançado comercialmente algures<br />

no início do próximo ano. Questionado<br />

sobre a reacção do consumidor, Alon<br />

diz: “Ainda não o comercializamos<br />

mas os ensaios e ‘shows’ pilotos<br />

mostram um grande potencial”.

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