Outlook | Sábado, 5.12.2009 | 41
42 | Outlook | Sábado, 5.12.2009 VIDA José Manuel Galvão Teles não foge ao apelido. É advogado, sportinguista e determinado. Diz que tem mau feitio e que está farto de ver as violações de segredo de justiça passarem impunes. Defende José Penedos no caso Face Oculta e critica o estilo prossecutório do Ministério Público. Aos juízes deixa elogios pelo bom senso, e sobre a justiça uma avaliação mordaz: “É uma loucura o que se está a passar” EEm Aveiro, quando ouviu o juiz de instrução criminal suspender o seu cliente, José Penedos, arguido na Face Oculta, porque decidiu escrever uma declaração escrita? Consigo fazer duas coisas ao mesmo tempo e, quando comecei a ouvir o juiz de instrução criminal a ser coerente no erro, isto é, errado do princípio ao fim, fiquei num estado de alguma irritação pela injustiça cometida e alinhavei então uns breves apontamentos à mão. Senti a necessidade de o fazer porque precisava de ser forte e justo, sem correr o risco de entrar em polémicas de que o Ministério Público gosta muito e que normalmente terminam com queixas em tribunal por parte dos magistrados (o que, aliás, até me honra muito). Tudo isto, porque o Ministério Público se sente ofendido com as minhas palavras. Sucede que em alguns processos me vejo obrigado a dizer que o Ministério Público se ocupa do assunto de forma incompetente. Eles dizem que não lhes posso chamar incompetentes, eu acho que sim, desde que o juízo recaia sobre o trabalho em questão. Eles não gostam, acham que são uma espécie de filhos de Deus, detentores da verdade, enquanto supostos órgão de soberania, e, por isso, tive um certo cuidado. Quis ter uma linguagem defensável. Pediu autorização à Ordem dos Advogados para falar? Eu nunca quis fazer política profissionalmente. Sou advogado, fiz sempre advocacia com convicção e paixão. A principal virtude dos advogados é saber escolher a defesa de quem tem razão, de quem merece justiça. E defendê-lo com grande convicção. Ser submetido a julgamento já é mau, mas se se for inocente ainda é pior. Mesmo nos casos mais mediáticos em que tenho tido participação, nunca falei sem autorização da Ordem dos Advogados. Foi, entre outros, o caso da juíza Fátima Galante, acusada pelo Ministério Público da prática de um crime de corrupção no exercício das suas funções, o que é gravíssimo. Mas a Senhora Juiz não foi sequer pronunciada, apesar do recurso do Ministério Público para o Supremo Tribunal de Justiça. Foi de igual modo o caso do Eng.º Carlos Melancia, então Governador de Macau, também ele acusado de corrupção e que, obviamente, nunca foi condenado, apesar dos sucessivos recursos do Ministério Público. Com vêem, muitas vezes não são os advogados que atrasam os processos. Em relação a José Penedos no caso Face Oculta, mantém a mesma
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