31.10.2012 Views

Weekend 1195 : Plano 56 : 1 : P.gina 1 - Económico

Weekend 1195 : Plano 56 : 1 : P.gina 1 - Económico

Weekend 1195 : Plano 56 : 1 : P.gina 1 - Económico

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

16 | Outlook | Sábado, 5.12.2009<br />

BEST OF<br />

O filme eterno<br />

O 70º aniversário de “E Tudo o Vento Levou”, de Victor Fleming, realizado<br />

em 1939, um ano histórico para o cinema americano, é agora comemorado com<br />

uma edição em DVD com cinco discos. Das oito horas de extras, três são inéditas<br />

Não são só os vinhos que têm<br />

colheitas de excepção. O<br />

ano de 1939 costuma ser<br />

referenciado pelos historiadores<br />

e críticos de cinema<br />

como o “ano de ouro de<br />

Hollywood”. Foi em 1939 que chegaram<br />

aos cinemas filmes como “E Tudo o Vento<br />

Levou” e “ O Feiticeiro de Oz”, ambos de<br />

Victor Fleming, “Cavalgada Heróica”, de<br />

John Ford, “Peço a Palavra”, de Frank Capra,<br />

“Ninotchka”, de Ernst Lubitsch, ou<br />

“O Monte dos Vendavais”, de William<br />

Wyler. Um alinhamento de sonho e uma<br />

demonstraçãoporesmagamentodaexcelência<br />

da indústria cinematográfica americana<br />

no seu auge criativo e de produção.<br />

Setenta anos mais tarde, e para assinalar<br />

a data, “E Tudo o Vento Levou” volta a<br />

ser editado em DVD, numa sumptuosa<br />

edição de cinco discos (dois em Blu-Ray).<br />

Esta caixa para coleccionadores é “gémea”,<br />

em qualidade, quantidade, variedade,<br />

exploração minuciosa do filme e<br />

iconografia, da lançada há poucas semanas<br />

para celebrar os 70 anos de “O Feiticeiro<br />

de Oz”, também de Victor Fleming.<br />

Curiosamente, o realizador não foi<br />

“primeira escolha” dos produtores de<br />

ambos estes clássicos, pois substituiu o<br />

despedido Richard Thorpe em “O Feiti-<br />

ceiro de Oz”; e mesmo antes de o ter acabado,<br />

foi contratado por David O.<br />

Selznick para suceder a George Cukor em<br />

“E Tudo o Vento Levou”, por sugestão de<br />

Clark Gable, que já antes tinha sido dirigido<br />

por ele, tendo ficado muito amigos. Cineasta<br />

muito mais talentoso do que geralmente<br />

se julga, e dotado de uma enorme<br />

capacidade de trabalho e experiência técnica<br />

(começou ainda no tempo do mudo<br />

como director de fotografia), Victor Fleming<br />

preferiu receber ordenado em vez<br />

deumapercentagemdoslucrosquelhefoi<br />

oferecida por Selznick, porque não acreditava<br />

no sucesso de “E Tudo o Vento Levou”.<br />

“Vai ser um dos maiores elefantes<br />

brancos de todos os tempos, David”, disse<br />

ao lendário produtor.<br />

Das oito horas de extras desta edição de<br />

“E Tudo o Vento Levou” especialmente<br />

remasterizada para a comemoração dos<br />

70 anos da sua estreia, e com comentários<br />

exaustivamente eruditos do historiador<br />

do cinema Rudy Behlmer, três são inéditas<br />

e exclusivas. E dado que um dos prazeres<br />

de possuir uma caixa com estas características,<br />

é a exploração da (muito bem<br />

arrum adinha) floresta de extras, ficam<br />

referidos apenas alguns, e mais significativos.<br />

É o caso do esmagador documentário<br />

de duas horas “The Making of a Le-<br />

A filmografia<br />

de 1939 traduz-se<br />

num alinhamento<br />

de sonho e uma<br />

demonstração,<br />

por esmagamento,<br />

da excelência da<br />

indústria americana<br />

no seu auge criativo<br />

e de produção<br />

gend: ‘Gone With the Wind’”, de 1998,<br />

uma mina sem fundo de informação, histórias<br />

e curiosidades, escrito pelo crítico e<br />

historiador britânico do cinema David<br />

Thomson, realizado por David Hinton e<br />

narrado por Christopher Plummer, que se<br />

transformou, por mérito próprio, num<br />

clássico deste formato; de “Melanie Remembers:<br />

Reflections by Olivia de Havilland”,<br />

um documentário de 2004 em<br />

que Olivia de Havilland, intérprete de<br />

Melanie, hoje com 93 anos e única sobrevivente<br />

do elenco ori<strong>gina</strong>l, conta as suas<br />

recordações da rodagem; ou de “1939:<br />

Hollywood’s Greatest Year”, um novo<br />

trabalho documental produzido este ano,<br />

com narração de Kenneth Branagh, que se<br />

centranessejáreferidoehistórico“anode<br />

ouro”de1939etemdepoimentosdeespecialistas<br />

como Leonard Maltin, Molly<br />

Haskell ou F.X. Feeney, além de dezenas<br />

de entrevistas de arquivo.<br />

Junte-se ainda a isto (e à miríade de extras<br />

que ficaram por descrever) uma reprodução<br />

do programa ori<strong>gina</strong>l do filme<br />

de 1939, com 20 pá<strong>gina</strong>s, um livro de 52<br />

pá<strong>gina</strong>s com fotografias e notas de produção,<br />

e ainda oito fotografias a cores da fita.<br />

Afinal, o vento não levou nada. E foram<br />

precisos cinco discos de DVD para caber lá<br />

tudo. VICTOR SILVÉRIO

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!