Weekend 1195 : Plano 56 : 1 : P.gina 1 - Económico
Weekend 1195 : Plano 56 : 1 : P.gina 1 - Económico
Weekend 1195 : Plano 56 : 1 : P.gina 1 - Económico
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
O MERCADO DOS VIDEOJOGOS<br />
Para os editores de jogos de vídeo, o Playcast representa<br />
uma resposta às suas preces. Ao contrário<br />
dos filmes, da televisão e da música, estes editores<br />
têm imensa dificuldade em diversificar e rentabilizar<br />
os jogos fora do modelo de negócio básico. Eles<br />
lançam um jogo ao um preço entre 50 e 60 euros e a<br />
maioria do retorno vem nas primeiras semanas. Depois<br />
disso começam os descontos até desaparecerem<br />
das prateleiras de promoções. Isto significa que no<br />
caso destes editores não conseguirem uma venda<br />
massiva do jogo na primeira semana, geralmente<br />
graças a campanhas de marketing muito caras, o título<br />
pode ser considerado uma flop comercial, desencorajando<br />
o risco de investimento. Para agravar o<br />
problema, a percepção que os utilizadores têm do<br />
valor da media hoje faz com que os editores procurem<br />
uma solução de menor custo para a divulgação<br />
do produto. Este é o motivo porque sistemas como o<br />
Playcast são tão apelativos para os editores.<br />
O OnLive e Gaikai são os rivais directos do<br />
Playcast. Ambos competem para serem o primeiro<br />
serviço de jogos on-demand. Embora as suas tecnologias<br />
ainda não estejam completamente provadas e<br />
os seus modelos de negócio não testados, o que oferecem<br />
é muito apelativo. Tanto ao jogador como ao<br />
editor do jogo. A Playcast fala de uma qualidade estilo<br />
Sky Movies Premiere, onde poderá usufruir dos<br />
jogos poucos meses depois de estes serem lançados.<br />
O facto do sistema oferecer aos editores e criadores a<br />
distribuição através de um canal de televisão directo<br />
faz com que o Playcast seja o sistema mais forte dentro<br />
do segmento.<br />
“Centenas de milhões de transacções de vídeo<br />
on-demand são feitas todos os dias, portanto, o potencial<br />
de trazer este volume de negócios para as editoras<br />
e de lhes permitir tirar partido dos seus catálogos<br />
é muito significativo”, explicou Shtruzman.<br />
O INÍCIO<br />
O primeiro país a experimentar o sistema<br />
Playcast será Israel. O lançamento é esperado<br />
para Janeiro ou Fevereiro de 2010,<br />
através do provedor de tv cabo. Seguem-se<br />
Reino Unido e Espanha para<br />
o fim de 2010. Russel Barash, o director<br />
da Playcast no Reino<br />
Unido, diz que a empresa<br />
pretende ofe-<br />
O primeiro país<br />
a experimentar<br />
o sistema Playcast<br />
será Israel.<br />
O lançamento oficial<br />
é esperado para<br />
Janeiro ou Fevereiro<br />
de 2010, através<br />
do provedor de tv<br />
cabo. Seguem-se<br />
Reino Unido<br />
e Espanha.<br />
No lançamento,<br />
vai disponibilizar<br />
entre 15 e 20 jogos<br />
desenhados para<br />
apelar a todos<br />
os gostos, desde<br />
os enigmas<br />
e quebra-cabeças<br />
mais simples aos<br />
mais complexos<br />
jogos como<br />
‘Call of Duty’<br />
recer o serviço no mesmo modelo de ‘pay-<br />
-per-view’. “No lançamento, vamos oferecer<br />
um mix entre 15 e 20 jogos desenhados para apelar<br />
a todos os gostos, desde os enigmas e quebra-<br />
-cabeças mais simples aos mais complexos jogos<br />
como ‘Call of Duty’. Queremos lançar um pacote de<br />
jogos que apele a inscrever-se como faria para um<br />
canal de filmes”.<br />
Apesar de não ser imediato e de, tal como para os<br />
filmes, ser preciso aguardar uns meses para ter acesso<br />
aos títulos mais recentes, a Sony e a Microsoft podem<br />
sair muito afectadas desta ‘batalha’. “Podemos<br />
estar a observar a última geração de consolas de jogo<br />
separadas”, afirma Shtruzman.<br />
NINTENDO_WII<br />
Mas porque não estará a Nintendo neste rol? Talvez<br />
porque, antecipando este movimento na luta<br />
pelo domínio dos videojogos, a empresa se tenha<br />
adiantado e esteja a preparar o seu próprio canal: o<br />
Wii-No-Ma.<br />
Quando questionado sobre o impacto do Playcast<br />
na Nintendo, Nelson Calvinho, relações públicas da<br />
empresa, preferiu não comentar. “É um produto que<br />
ainda não vimos, portanto não podemos garantir até<br />
que ponto o sistema PlayCast, e outros semelhantes<br />
que têm sido anunciados, vão ter impacto na indústria<br />
e nas vidas dos jogadores. Estamos certos de que<br />
a indústria quer saber mais detalhes sobre os custos<br />
mensais e desempenho real do serviço, a forma de<br />
controlo dos videojogos e, mais importante, o número<br />
e qualidade dos jogos disponibilizados - especialmente<br />
saber mais sobre os jogos exclusivos que<br />
irá apresentar”. O relações públicas explica ainda<br />
que a Nintendo, enquanto empresa que tem contribuído<br />
para a expansão da população de jogadores em<br />
todo o mundo, dá as boas-vindas a todas as iniciativasqueaumentemaprofundidadeeademografiada<br />
indústria. Mas realça que, “ao eliminar as dezenas<br />
de milhões de lares que ainda não possuem acesso à<br />
banda larga, é difícil ver como é que este serviço<br />
pode ajudar a alargar o acesso aos videojogos”.<br />
Sobre o novo canal, Nelson Cravinho explica que<br />
este é “um serviço de distribuição de vídeo para consolas<br />
Wii ligadas online. Actualmente só está disponível<br />
no Japão, não existindo de momento nenhum<br />
plano de o lançar em Portugal”. O canal será visível<br />
por todos aqueles que tenham uma consola Wii e ligação<br />
à Internet e terá conteúdos para toda a família.<br />
Desenhos animados, ‘brain-training’, ‘quizzes’, culinária,<br />
programas educacionais e de estilo de vida<br />
serão apenas alguns dos conteúdos disponíveis. Todos<br />
produzidos exclusivamente para a Nintendo.<br />
Já vimos que uma consola com movimento sensorial<br />
remoto faz o delírio das massas. O mesmo<br />
pode acontecer com o Playcast. Qualquer pessoa<br />
que use IPTV/Cabo e que queira aceder ao seu jogo<br />
favorito vai ter uma solução substancialmente mais<br />
barata do que comprar uma nova consola. Resta<br />
agora apenas saber se os jogadores vão prescindir<br />
de terem os jogos ori<strong>gina</strong>is só para si<br />
na sua videoteca pessoal ou abraçar a<br />
ideia de pagarem uma subscrição<br />
para não terem nada<br />
em concreto.<br />
Outlook | Sábado, 5.12.2009 | 9