59. Leiria-Fatima_ed_45.pdf - Diocese Leiria-Fátima
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. documentos pastorais .<br />
camente: as características humanas, sociais e culturais. Dada a mobilidade característica<br />
do nosso tempo, as pessoas vivem hoje em vários territórios, geográficos e<br />
culturais. Já não vivem, nem fazem a sua vida só no espaço e no ambiente da paróquia.<br />
As referências são múltiplas. Continua a ser verdade que a paróquia é a igreja<br />
presente no quotidiano das pessoas e das famílias, que as acompanha em todas as<br />
idades e etapas da vida. Todavia, não se pode mais concebê-la isolada e fechada em<br />
si mesma. Já o Pe. Congar, nos meados do século passado, escreveu um livro com<br />
um título muito significativo: Minha paróquia, vasto mundo!<br />
Uma pastoral de manutenção, voltada unicamente para a conservação da fé e<br />
assistência da comunidade, já não basta. É preciso uma pastoral evangelizadora e em<br />
todos os campos: ser capaz de criar e manter itinerários que aproximam as pessoas<br />
da fé, promovendo lugares de encontro com quantos andam à busca e com quem,<br />
mesmo sendo baptizado, sente o desejo de escolher de novo o evangelho como<br />
orientação de fundo da sua própria vida…<br />
1.2. Uma pastoral integrada<br />
Acabou o tempo da paróquia auto-suficiente que oferecia tudo para todos e respondia<br />
a todas as situações e a todos os problemas. Hoje isso é impossível. Todos<br />
devemos tomar consciência desta realidade.<br />
Em âmbitos da pastoral litúrgica, da formação na fé, da pastoral dos jovens, da<br />
família, caridade, cultura, saúde, etc., só se pode trabalhar juntos. São terrenos onde<br />
a paróquia tem necessidade e urgência de mover-se em colaboração com as paróquias<br />
vizinhas, no contexto da vigararia, investindo corajosamente numa pastoral<br />
de conjunto.<br />
Eis a razão pela qual é muito importante que as comunidades paroquiais colaborem<br />
cada vez mais, que haja uma colaboração e responsabilidade partilhada entre as<br />
comunidades. Não é bom que vivam lado a lado como ilhas. E não se trata apenas de<br />
uma colaboração meramente ocasional para uma determinada iniciativa, mas de um<br />
laço de colaboração duradoiro e programado. Isto é indispensável para a vitalidade<br />
das próprias comunidades.<br />
E não se pense que se trata de uma pura “política de crise” resultante da escassez<br />
do clero. É antes uma perspectiva que se abre para o futuro. Isto resulta da unidade<br />
da missão da Igreja (missão em comunhão) para que seja vivida na busca de todas<br />
aquelas colaborações que permitam realizar iniciativas que superam as possibilidades<br />
de cada paróquia. Daqui a necessidade de uma pastoral integrada, isto é, situada<br />
dentro de um agregado mais vasto na relação com as outras paróquias.<br />
Uma pastoral integrada põe em acção todas as energias de que o povo de Deus<br />
dispõe, valorizando-as na sua especificidade e, ao mesmo tempo, fazendo-as confluir<br />
em projectos comuns, pensados, definidos, programados e realizados em conjunto.<br />
Ela põe em r<strong>ed</strong>e os múltiplos recursos de que dispõe: humanos, espirituais, culturais,<br />
pastorais.<br />
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