59. Leiria-Fatima_ed_45.pdf - Diocese Leiria-Fátima
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. escritos episcopais .<br />
7. Investir na formação<br />
A colaboração corresponsável não se improvisa. Exige uma formação específica<br />
para os leigos e presbíteros.<br />
Trata-se de uma formação que, por um lado, deve ser prévia ao serviço ou ministério<br />
concreto no âmbito pastoral e, por outro, nasce como exigência permanente (formação<br />
permanente) do próprio exercício concreto dos cargos na comunidade. Não só<br />
uma formação técnica, mas também humana (v.g. capacidade relacional) e espiritual.<br />
O investimento de recursos para a formação torna-se prioritário em relação a<br />
todo o outro investimento. As nossas paróquias ou dioceses, por vezes, são afectadas<br />
pelo “mal da p<strong>ed</strong>ra”. Gasta-se muito para os <strong>ed</strong>ifícios, as estruturas, etc. São coisas<br />
boas e necessárias; mas devemos recordar a importância fundamental da formação<br />
cultural, espiritual, ministerial dos leigos que requer investimentos próprios. O risco<br />
que se corre é ter boas estruturas, mas leigos não formados ou mal formados.<br />
Este aspecto deveria fazer parte do orçamento duma diocese e duma paróquia<br />
que deverão preocupar-se por formar uma comunidade adulta na fé, inteligente,<br />
pronta e preparada.<br />
8. O líder religioso hoje: desafios e atitudes<br />
Desejaria terminar com um breve apontamento sobre questões e atitudes de liderança<br />
na Igreja, hoje. Que tipo de problemas e desafios há que enfrentar cada dia na qualidade<br />
de líder de uma diocese ou paróquia E que atitudes são necessárias para os enfrentar<br />
Em primeiro lugar, há os problemas internos: de pessoal (colaboradores, vocações);<br />
programas e prioridades; administração e gestão, tensões nas comunidades.<br />
Cada um é chamado a encontrar o seu modo próprio, segundo a inspiração de<br />
Deus, a lei canónica, a tradição da Igreja e o bom senso, privilegiando o diálogo e<br />
ouvindo os órgãos próprios de conselho.<br />
Surgem também os problemas externos: as grandes questões da soci<strong>ed</strong>ade e da<br />
humanidade, problemas de ética pública, bioética, economia…<br />
Aqui há que olhar os problemas como pessoa de fé que encontra na revelação,<br />
no magistério e na teologia as palavras e os princípios de uma acção justa; olhá-los<br />
também com um olhar de compreensão e afecto para dar uma marca humana a questões<br />
tratadas por técnicos e políticos. Como líderes eclesiais temos que levar para o<br />
debate público a dimensão humana, ética e de fé sobre estes problemas.<br />
Este aspecto exige atenção e esforço contínuo para reservar tempo para a leitura,<br />
reflexão e diálogo com peritos.<br />
Temos ainda as questões específicas da fé, os problemas transcendentes: mistério<br />
de Deus, salvação, fé, esperança, caridade, reconciliação, vida eterna, etc.<br />
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