59. Leiria-Fatima_ed_45.pdf - Diocese Leiria-Fátima
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. escritos episcopais .<br />
sional e competente dos leigos. É claro que a capacidade técnica e eficiente se deve<br />
conjugar com um forte sentido eclesial porque está ao serviço de uma comunidade<br />
cristã e não de um empresa privada.<br />
5.3 O bom funcionamento<br />
Do que foi dito, deriva o empenho dos membros do Conselho para os assuntos<br />
económicos a viver, por dentro, a vida da comunidade e a saber interpretá-la no<br />
âmbito de um território preciso e de uma história particular da paróquia, da Igreja<br />
diocesana e da Igreja universal.<br />
Gostaria de sublinhar ainda que um bom funcionamento do Conselho não pode<br />
depender exclusivamente dos mecanismos institucionais, mas exige por parte de<br />
todos os membros uma consciência profunda de comunhão eclesial, um estilo de<br />
comunicação fraterna e a convergência comum num projecto pastoral. Se uma boa<br />
presidência requer do bispo ou do pároco a disponibilidade para a escuta, a delicadeza<br />
no discernimento, a paciência na relação, todavia, na base, tem de estar a<br />
solicitude pelo bem comum da Igreja que requer em todos a aptidão para o diálogo,<br />
a argumentação das propostas e a familiaridade com o Evangelho e com a doutrina<br />
e a disciplina da Igreja.<br />
6. Três desafios para a gestão quotidiana de uma diocese<br />
Coloco-os em forma de questões:<br />
6.1. É possível utilizar para o bom governo de uma diocese os conceitos<br />
e os princípios gerais que valem para qualquer instituição<br />
produtora de bens e serviços<br />
É claro que as diferenças entre uma diocese e qualquer instituição produtiva<br />
são muito grandes. Basta ver que esta última actua num contexto de mercado, de<br />
competitividade e de lucro, enquanto a diocese actua numa perspectiva espiritual,<br />
sócio-caritativa, não lucrativa.<br />
Todavia, a natureza particular da visão espiritual da Igreja não imp<strong>ed</strong>e que se<br />
desenvolva na produção e prestação de serviços.<br />
Como também o facto de os serviços serem oferecidos num contexto que não é<br />
o do mercado (não lucrativo), nada tira ao carácter de organização de algum modo<br />
produtiva, própria da diocese e que requer racionalização.<br />
Há, pois, uma analogia entre o bom governo de uma diocese e o de uma instituição<br />
produtiva.<br />
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