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59. Leiria-Fatima_ed_45.pdf - Diocese Leiria-Fátima

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. escritos episcopais .<br />

- traduz-se, comunitariamente, em relações de comunhão fraterna, no intercâmbio<br />

de dons oferecidos e recebidos em reciprocidade aberta e confiante e na “colecta”<br />

de bens para os necessitados e as necessidades da Igreja;<br />

- é visivelmente presidida e salvaguardada pelos que receberam o ministério<br />

apostólico.<br />

O seu sentido não é, pois, de um afecto vago, indefinido, mas de uma realidade<br />

simultaneamente espiritual e visível, relacional e orgânica que exige também uma<br />

fórmula jurídica e que, por sua vez, está animada pela caridade. Esta estrutura da<br />

comunhão eclesial deve ser tida em conta na organização da vida da Igreja. Deve<br />

manifestar-se nas diversas perspectivas da comunidade cristã, já que é a sua lei de<br />

fundo e profunda.<br />

À luz do que acabamos de dizer, compreende-se facilmente que a própria<br />

existência cristã, toda a vocação específica, os diferentes ministérios e carismas, as<br />

diversas acções através das quais a Igreja realiza a sua missão, a sua organização, os<br />

seus organismos pastorais, a gestão de recursos humanos e bens materiais levem o<br />

selo característico da comunhão com o Senhor e entre os discípulos.<br />

A comunhão eclesial é harmonia vital no funcionamento de todos os membros e<br />

sistemas do corpo. O contrário da comunhão que flui, seriam os apertos, as estenoses,<br />

as oclusões, as tromboses… como no corpo humano.<br />

A Carta Apostólica “Novo Millennio Ineunte” recorda, como tarefa pastoral<br />

para o futuro, a realização da comunhão: “Outro aspecto importante em que será<br />

necessário pôr decidido empenho programático, tanto no âmbito da Igreja universal<br />

como no das Igrejas particulares, é o da comunhão que incarna e manifesta a própria<br />

essência da Igreja” (n. 42).<br />

O bispo é o primeiro responsável pela vitalidade da comunhão na Igreja. O seu<br />

ministério não se r<strong>ed</strong>uz, de modo algum, a um simples moderador já que a autoridade<br />

recebida do Senhor inclui um aspecto jurisdicional e, por isso, deve promover<br />

a espiritualidade da comunhão, suscitar sempre formas de participação e dar vida a<br />

estruturas de comunhão.<br />

Como se traduz esta espiritualidade da comunhão na liderança, na organização,<br />

na gestão de recursos humanos e na economia da comunidade cristã Deixemo-nos<br />

iluminar e inspirar, antes de mais, por alguns ícones bíblicos.<br />

1. O ícone de Moisés, condutor e ecónomo do povo<br />

A Moisés, o Senhor confiou a tarefa da condução de um povo e da recomposição<br />

da sua unidade, que inclui, por sua vez, o serviço de ecónomo dos bens fundamentais<br />

(pão, água e carne) e o serviço da comunhão.<br />

“Isto leva-nos a considerar a personagem sobretudo como homem de acção.<br />

E, todavia, o que impressiona a uma primeira leitura é a abundância de textos que<br />

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