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59. Leiria-Fatima_ed_45.pdf - Diocese Leiria-Fátima

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. escritos episcopais .<br />

As características da liderança como pastor podem sintetizar-se em: “ conhecer<br />

as ovelhas”, os seus problemas, as suas necessidades e anseios através do contacto<br />

pessoal; guiar para objectivos claros e partilhados, promovendo a criatividade;<br />

procurar as ovelhas perdidas indo ao encontro dos que estão fora ou andam longe,<br />

ter competências específicas para motivar ou decidir. O maior problema de quem é<br />

chamado a guiar uma comunidade é a falta de capacidades directivas, de orientação<br />

e decisão. O objectivo final: cuidar e guiar.<br />

O líder como administrador<br />

Um líder, alem de servo e pastor, é chamado a ser administrador dos dons e talentos,<br />

e também da economia da comunidade.<br />

É interessante relevar como nas parábolas de Jesus os administradores aparecem<br />

muitas vezes associados a um conjunto de qualidades próprias: fidelidade, lealdade,<br />

honestidade, transparência, perspicácia nos negócios e capacidade de prover aos<br />

súbditos: “Feliz o administrador sábio e fiel” (Lc 12, 42-48)! No contexto da responsabilidade<br />

de quem gere os bens “como bons administradores”, a parábola dos<br />

talentos é significativamente clara.<br />

Os líderes das comunidades podem ser, todavia, administradores irresponsáveis.<br />

Por isso, a praxis de uma economia saudável e transparente da comunidade é uma<br />

m<strong>ed</strong>ida realista da saúde espiritual da mesma. Está em causa a prática da comunhão de<br />

bens. Subtrair-se a ela, é atentar à vida fraterna, como acontece com Ananias e Safira.<br />

Neste aspecto, os líderes são chamados a vigiar atentamente, para criar uma relação<br />

evangélica com o dinheiro, para responsabilizar as comunidades e os seus membros<br />

numa visão de fraternidade que leva à comunhão dos bens e dons espirituais e<br />

materiais. O objectivo final: a comunhão de bens.<br />

3. O ícone da Igreja dos Apóstolos<br />

Na Igreja apostólica encontramos duas experiências particularmente significativas<br />

e pertinentes para o nosso tema.<br />

3.1. A capacidade de delegar:<br />

metodologia adoptada pelos Apóstolos (Actos 6,1-2)<br />

Que fazer perante o serviço absorvente aos pobres e necessitados da comunidade<br />

Para os apóstolos foi ocasião de tomarem consciência de que era preciso delegar<br />

certas responsabilidades noutros, confiando neles, renunciar a ter todos os cordelinhos<br />

na mão.<br />

Uma questão de justiça distributiva (repartir os bens) abriu-lhes os olhos a uma<br />

evidência capital para aqueles que receberam a missão da autoridade: não podem<br />

fazer tudo.<br />

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