garantir os direitos em matéria de igualdade de remuneração ... - Cite

– a da sobrevalorização do trabalho masculino em relação ao feminino,
mesmo quando é reconhecido que é de igual valor;
– a preferência feminina (apenas em alguns países 7 ), pelo trabalho a
tempo parcial, com reflexos futuros negativos, por exemplo, no
valor das reformas;
– nalguns países, a concentração do trabalho das mulheres no sector
público, onde o pagamento do trabalho é de valor inferior ao do
sector privado;
– a maior frequência de interrupção da carreira por razões relacionadas
com a gravidez, maternidade, prestação de cuidados a filhos
menores e idosos;
– a pouca representatividade das mulheres nos órgãos de poder,
quer político, quer sindical, com consequências negativas sobretudo
na negociação colectiva onde se definem as carreiras e as respectivas
grelhas salariais;
– as dificuldades decorrentes da inexistência dum sistema objectivo
de avaliação dos postos de trabalho e de determinação do valor
do trabalho;
– a utilização sistemática de critérios de avaliação característicos do
desempenho de um só sexo, como o esforço, a fadiga, a penosidade
física;
– a insuficiência de medidas de política social, económica e de
emprego que realmente promovam a igualdade de remuneração;
– a insuficiência de políticas que visem reconciliar a vida profissional
com a familiar;
– a insuficiência de formação e sensibilização dos vários agentes
para a problemática da igualdade em geral, e em especial, a igualdade
de género;
– etc., etc.
7 É o caso, por exemplo, da Noruega, conforme LARS CHRISTENSEN, Equal pay in
Norway. An introduction.
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