MacunaÃma - Comunicação, Esporte e Cultura
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Macunaíma estendeu os braços sussurrando:– Ai!... que preguiça!...– Ora vamos!... Vamos?– Pois sim...Então Piaimã fez pra ele como zera pro chofer, carregou o herói nas costas de cabeça prabaixo prendidos os pés nos buracos das orelhas. Macunaíma aprumou a sarabatana e assim decabeça pra baixo era ver um atirador malabarista de circo, acertando nos ovinhos do alvo. Ogigante ficou muito incomodado virou e percebeu tudo.– Faz isso não, patrício!Tomou a sarabatana e jogou longe. Macunaíma agarrava quanto ramo caía na mão dele.– Que você está fazendo? perguntou o gigante ressabiado.– Não vê que os ramos estão batendo na minha cara!Piaimã virou o herói de cabeça pra cima. Então Macunaíma fez cócegas com os ramos nasorelhas do gigante. Piaimã dava grandes gargalhadas e pulava de gozo.– Não amola mais, patrício! ele fez.Chegaram no hol. Por debaixo da escada tinha uma gaiola de ouro com passarinhoscantadores. E os passarinhos do gigante eram cobras e lagartos. Macunaíma pulou na gaiola eprincipiou muito disfarçado comendo cobra. Piaimã convidava-o pra vir no balanço porémMacunaíma engolia cobras contando:– Falta cinco...E engolia mais outra bicha. Anal as cobras se acabaram e o herói cheio de raiva desceu dagaiola com o pé direito. Olhou cheio de raiva pro gatuno da muiraquitã e rosnou:– Hhhm... que preguiça!Mas Piaimã insistia pro herói balangar.– Eu até que nem não sei balançar... Milhor você vai primeiro, que Macunaíma rosnou.– Que eu nada, herói! É fácil que nem beber água! Assuba na japecanga, pronto: eu balanço!– Então aceito porém você vai primeiro, gigante.Piaimã insistiu mas ele sempre falando pro gigante balançar primeiro. Então VenceslauPietro Pietra amontou no cipó e Macunaíma foi balançando cada vez mais forte. Cantava:“Bão-ba-lãoSenhor capitão,Espada na cintaGinete na mão!”Deu um arranco. Os espinhos ferraram na carne do gigante e o sangue espirrou. A Caaporalá embaixo não sabia que aquela sangueira era do gigante dela e aparava a chuva namacarronada. Molho engrossando.– Pára! Pára! Piaimã gritava.