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Macunaíma - Comunicação, Esporte e Cultura

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dela!... “Quem tem seus amores longe, passa trabalhos trianos...” parafusou. Que caborge damarvada!... E estava lá no campo do céu banzando nuns trinques toda enfeitada passeandobrincando quem sabe com quem... Teve ciúmes. Ergueu os braços pro alto assustando oslegornes e rezou pro Pai do Amor:“Rudá! Rudá!Tu que estás no céuE mandas nas chuvas.Rudá! faz com que minha amadaPor mais companheiros que arranjeAche que todos são frouxos!Assopra nessa marvadaSodades do seu marvado!Faz com que ela se lembre de mim amanhãQuando a Sol for-se embora no poente!...”Olhou bem pro ar. Não tinha Ci não, Capei só, gordanchona, tomando tudo. O herói deitoude comprido na igarité, fez um cabeceiro da gaiola e adormeceu entre maruins piuns muriçocas.A noite já estava amarelando quando Macunaíma acordou com os gritos dos viras numbambuzal. Assuntou a vista e deu um pulo na praia, falando pra Jiguê:– Espera um bocadinho.Entrou no mato bem, légua e meia. Foi buscar a linda Iriqui, companheira dele que já foracompanheira de Jiguê e esperava se enfeitando e coçando mucuim assentada nas raízes dasamaúma. Os dois se festejaram, muito brincaram e vieram pra igarité.Quando foi ali pelo meio-dia a papagaiada se estendeu de novo resguardando Macunaíma.E assim por muitos dias. Uma tarde o herói estava muito enfarado e se lembrou de dormir emterra rme, fez. Nem bem pisou na praia e se ergueu na frente dele um monstro. Era o bichoPondê um jurucutu do Solimões que virava gente de-noite e engolia os estradeiros. PorémMacunaíma pegou na echa que tinha na ponta a cabeça chata da formiga santa chamadacurupê e nem fez pontaria, acertou que foi uma beleza. O bicho Pondê estourou virando coruja.Mais pra diante depois de atravessado um chato quando subia por um espigão cheio de crocastopou com o Monstro Mapinguari macaco-homem que anda no mato fazendo mal pras moças.O monstro agarrou Macunaíma porém o herói tirou o toaquiçu pra fora e mostrou proMapinguari.– Não confunde não, parceiro!O monstro riu e deixou Macunaíma passar. O herói andou légua e meia procurando umpouso sem formiga. Subiu na ponta dum cumaru de quarenta metros e anal depois de muitocampear descobriu uma luzinha longe. Foi lá e topou com um rancho. E era o rancho de Oibê.Macunaíma bateu e uma vozica mui doce gemeu de lá dentro:– Quem vem lá!

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