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Macunaíma - Comunicação, Esporte e Cultura

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Texto da orelhaTEXTO DA ORELHAÀs margens do rio Uraricoera, na oresta Amazônica, nasceu Macunaíma, um índio negroda tribo dos Tapanhumas. Desde cedo, o “herói da nossa gente” se mostrou diferente dos outrosheróis: preguiçoso, egoísta, safado, inteligente, capaz de exercer inuência sobre todos à suavolta.A saga de Macunaíma – Imperador do Mato – começa quando ele perde sua muiraquitã, umamuleto de pedra que havia ganhado de Ci, a Mãe do Mato. Acompanhado de seus irmãosMaanape e Jiguê, o herói viaja para o Sul em busca do amuleto, que estava em poder dofazendeiro peruano Venceslau Pietro Pietra. Encantado com a “civilização moderna”,Macunaíma se vê dividido entre seu reino e as maravilhas de “São Paulo, a maior cidade douniverso”.Em Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, Mário de Andrade radicaliza o uso literárioda linguagem oral e popular que já havia utilizado em seus livros anteriores e mistura folclore,lendas, mitos e manifestações religiosas de vários recantos do Brasil, como se zessem parte deuma unidade nacional.Macunaíma, que ora é índio negro ora é branco, até hoje é considerado símbolo do brasileiroem vários sentidos: o do malandro esperto, amoral, que sempre consegue o que quer, e o dopovo perdido diante de suas múltiplas identidades. Nas palavras do próprio autor, “Macunaímavive por si, porém possui um caráter que é justamente o de não ter caráter”.

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