42presença de Aranha serve estrategicamente para legitimar a seriedade das reivindicações dojovem e ainda desconhecido grupo modernista.Sem programa estético definido, a Semana desempenhou na história da arte brasileiramuito mais uma etapa destrutiva de rejeição ao conservadorismo vigente na produçãoliterária, musical e visual do que um acontecimento construtivo de propostas e criação denovas linguagens. Pois, se existia um elo de união entre seus tão diversos artífices,este era, segundo seus dois principais ideólogos, Mário e Oswald de Andrade, a negação detodo e qualquer "passadismo": a recusa à literatura e à arte importadas com os traços de umacivilização cada vez mais superada, no espaço e no tempo. Em geral todos clamam emseus discursos por liberdade de expressão e pelo fim de regras na arte. Fez-se presente,também, certo ideário futurista, que exigia a deposição dos temas tradicionalistas em nome dasociedade da eletricidade, da máquina e da velocidade. Na palestra proferida por Mário deAndrade na tarde do dia 15, posteriormente publicada como o ensaio A Escrava que não éIsaura (1925), ocorre uma das primeiras tentativas de formulação de idéias estéticasmodernas no país. Nessa conferência, o autor antevê a importância de temperar o processo deimportação da estética moderna com o nativismo, o movimento de voltar-se para as raízes dacultura popular brasileira. A dinâmica entre nacional e internacional torna-se a questãoprincipal desses artistas nos anos subseqüentes.Com a distância de mais de 80 anos, sabe-se que, com respeito à elaboração e àapresentação de uma linguagem verdadeiramente moderna, a Semana de 22 não representaum rompimento profundo na história da arte brasileira, pois no conjunto de qualidadeirregular de obras expostas não se identifica uma unidade de expressão, ou algo comouma estética radical do modernismo. No entanto, há de se reconhecer que, a despeito detodos os antagonismos, esse evento configura-se como um fato cultural fundamentalpara a compreensão do desenvolvimento da arte moderna no Brasil e isso, sobretudopelos debates públicos mobilizados (cercados por reações negativas ou de apoio) e pelariqueza de seus desdobramentos na obra de alguns de seus realizadores.
43Arte ContemporâneaA arte contemporânea é um período artístico que surgiu na segunda metade doséculo XX e se prolonga até aos dias de hoje.Quando se fala em arte contemporânea não é para designar tudo o que éproduzido no momento, e sim aquilo que nos propõe um pensamento sobre a própriaarte ou uma análise crítica da prática visual. Como dispositivo de pensamento, a arteinterroga e atribui novos significados ao se apropriar de imagens, não só as que fazemparte da historia da arte, mas também as que habitam o cotidiano. O contemporâneo nãobusca mais o novo, nem o espanto, como as vanguardas da primeira metade deste século:propõe o estranhamento ou o questionamento da linguagem e sua leitura.Geralmente, o artista de vanguarda tinha a necessidade de experimentar técnicas emetodologias, com o objetivo de criar novidades e se colocar à frente do progressotecnológico. Hoje, fala-se até em ausência do "novo", num retorno à tradição. O artistacontemporâneo tem outra mentalidade, a marca de sua arte não é mais a novidade moderna,mesmo a experimentação de técnicas e instrumentos novos visa a produção de outrossignificados. Diante da importância da imagem no mundo que estamos vivendo, tornou-senecessário para a contemporaneidade insinuar uma critica da imagem. O artista reprocessalinguagens aprofundando a sua pesquisa e sua poética. Ele tem a sua disposição comoinstrumental de trabalho, um conjunto de imagens. A arte passou a ocupar o espaço dainvenção e da crítica de si mesmo.As novas tecnologias para a arte contemporânea não significam o fim, mas um meio àdisposição da liberdade do artista, que se somam às técnicas e aos suportes tradicionais, paraquestionar o próprio visível, alterar a percepção, propor um enigma e não mais uma visãopronta do mundo. O trabalho do artista passa a exigir também do espectador uma determinadaatenção, um olhar que pensa. Um vídeo, uma performance ou uma instalação não é maiscontemporâneo do que uma litogravura ou uma pintura. A atualidade da arte é colocada emoutra perspectiva. O pintor contemporâneo sabe que ele pinta mais sobre uma tela virgem, e éindispensável saber ver o que está atrás do branco: uma história. O que vai determinar acontemporaneidade é a qualidade da linguagem, o uso preciso do meio para expressar uma
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