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eflexão sobre os processos de identificação e as construções das diferenças que, em suaconcepção, é uma nova maneira de pensar as divisões territoriais, distinta daquelaspredominantemente estabelecidas que configuram os meios naturais e humanos comodivisores espaciais.Já nas pesquisas sobre as comunidades quilombolas da Mussuca, em Laranjeiras, ePatioba, em Japaratuba, Anselmo percebe outros elementos que definem ascomunidades quilombolas como tais. Ao contrário da idéia ultrapassada que prega oquilombo como local de escravos fugidos, a comunidade quilombola é o espaço ondeseus habitantes compartilham tarefas semelhantes, além de tradições comuns, assim oterritório é a base da identidade.Finalmente, a quarta parte do livro discute sobre a construção das identidades nasescolas. De imediato, Marcos Ribeiro de Melo já aponta que a escola não é um espaçoque promove o acolhimento à diversidade, principalmente a diversidade sexual. Em suaexplicação, Melo aponta que o principal motivo é o despreparo da escola emproblematizar o binário heterossexual/homossexual e descaracterizá-lo como umahierarquia.No âmbito deste debate, Ednéia Tavares Lopes apresenta alguns resultados de suapesquisa, na UFS de Itabaiana, com os alunos do curso de licenciatura em química, afim de tentar compreender o perfil dos futuros docentes. Lopes aponta a incerteza daprofissão e os referenciais que os alunos possuem de um bom professor, comoproblemas que impedem um melhor preparo destes profissionais.Retomando a discussão levantada por Melo, Maria Batista Lima analisa as práticaspromovidas nas escolas na tentativa de inclusão dos estudantes negros. Partindo demodelos existentes desde o império até as Leis 10.639/2003 e 11.645/08, que tornamobrigatório o ensino da História e da cultura afro-brasileira no Ensino Básico, Limaconcebe a necessidade de se potencializar o reconhecimento deste grupo“historicamente discriminado” e atenta para um dos principais fatores que contribuempara a segregação nas escolas: o silêncio dos professores.Diante desta análise, percebemos que os diálogos promovidos pelo Fórum Identidades eAlteridades, ao contrário do que sugere seu subtítulo, foram pertinentes. As discussõeslevantadas em Identidades: teoria e prática mostram que não existe apenas umaperspectiva para se estudar e compreender as identidades, mas diversas metodologiasque constantemente se aproximam e se completam, ainda mais num mundo pósmoderno,como postula Stuart Hall, onde os sujeitos se agrupam de diversas maneiras.Ponta de Lança, São Cristóvão v.2, n. 3, out. 2008 ‐ abr. 2009. 129

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