Revista Ferroviária Edição de Julho/agosto 2018
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eportagem<br />
inclui a Scomi, o secretário Clodolado Pelissioni afirmou<br />
que o governo cogitava a relicitação do contrato.<br />
Dificulda<strong>de</strong>s além-mar<br />
Os problemas da Scomi com a entrega <strong>de</strong> trens não<br />
param por aí. Os serviços do monotrilho <strong>de</strong> Mumbai,<br />
cida<strong>de</strong> ao Oeste da Índia, foram interrompidos <strong>de</strong>pois<br />
que uma das composições, fabricada pela Scomi, pegou<br />
fogo em novembro <strong>de</strong> 2017, segundo reportagens publicadas<br />
na imprensa indiana. A Scomi é a fornecedora<br />
<strong>de</strong> trens e equipamentos e também a operadora do sistema<br />
na cida<strong>de</strong>.<br />
O comissário da autorida<strong>de</strong> que administra o monotrilho<br />
em Mumbai, Sanjay Khandare, disse que as obras<br />
da segunda fase do projeto do monotrilho só começarão<br />
após a chegada <strong>de</strong> mais trens contratados, porém aponta<br />
as dificulda<strong>de</strong>s do consórcio que inclui a Scomi. “A situação<br />
financeira do consórcio é tal que não permite isso.<br />
A conclusão da segunda fase do monotrilho <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do<br />
quão rápido eles po<strong>de</strong>rão arranjar os recursos para provi<strong>de</strong>nciar<br />
os trens”.<br />
Segundo o diário “Hindustan Times”, o projeto da segunda<br />
fase do monotrilho em Mumbai foi alterado mais<br />
<strong>de</strong> 15 vezes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2010. A publicação fez um levantamento<br />
dos aci<strong>de</strong>ntes ocorridos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2014,<br />
quando o trecho da primeira fase foi inaugurado. Em um<br />
<strong>de</strong>les, em junho <strong>de</strong> 2016, um pneu estourou e suas partes<br />
rolaram estrada abaixo em Chembur. Dois meses <strong>de</strong>pois,<br />
ocorreu aci<strong>de</strong>nte semelhante em outra localida<strong>de</strong> indiana<br />
(Bhakti Park).<br />
Monotrilho do acarajé<br />
Salvador será a segunda cida<strong>de</strong> brasileira a ter monotrilho. A<br />
empresa chinesa BYD ganhou a licitação para fabricar os trens <strong>de</strong><br />
subúrbio da cida<strong>de</strong>. De acordo com Alexandre Liu, diretor da BYD<br />
no Brasil, serão ao todo 20 quilômetros <strong>de</strong> via elevada (cinco quilômetros<br />
a cinco metros <strong>de</strong> altura e outros 15 km a três metros).<br />
A diferença <strong>de</strong> altura, diz ele, é porque o monotrilho a três metros<br />
agri<strong>de</strong> menos a paisagem e é mais em conta. “Boa parte do<br />
monotrilho fica colada na praia. Já quando o monotrilho vai para<br />
a rua, é necessário um mínimo <strong>de</strong> 5,5 metros para que possam<br />
passar ônibus e carros por <strong>de</strong>baixo do elevado".<br />
Será um monotrilho com estimativa <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r 150 mil pessoas/dia,<br />
ou seja, terá <strong>de</strong> média a alta capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transporte.<br />
O intervalo entre as composições<br />
será <strong>de</strong> <strong>de</strong>z minutos, po<strong>de</strong>ndo chegar<br />
a 90 segundos. “Será aproveitada boa<br />
parte da via on<strong>de</strong> hoje passa o VLT<br />
do subúrbio. Essa via hoje está muito<br />
<strong>de</strong>teriorada. Os trens serão <strong>de</strong>smontados.<br />
Além disso, vão ser necessárias<br />
poucas <strong>de</strong>sapropriações”.<br />
O projeto será <strong>de</strong>senvolvido em duas<br />
fases. Liu informou que o contrato da<br />
primeira fase será fechado o mais breve<br />
possível junto ao governo do estado. “A<br />
previsão é que ele seja assinado em <strong>agosto</strong>. A segunda fase está<br />
em projeto. Após a assinatura do contrato, a BYD tem 90 dias para<br />
apresentar o projeto ao governo”. A primeira fase liga a Ilha <strong>de</strong><br />
São João até a região do Comércio (parte litorânea), enquanto a<br />
segunda etapa <strong>de</strong>ve ligar a primeira fase ao metrô, on<strong>de</strong> opera a<br />
CCR Metrô Bahia.<br />
Ele disse que há interesse em participar com essa solução em<br />
outras cida<strong>de</strong>s e que há estudos preliminares em andamento em<br />
Teresina e em São Paulo. “Estamos bem otimistas com o mercado<br />
brasileiro. A crise é passageira. Estamos alugando um escritório e<br />
contratando os quadros executivos – presi<strong>de</strong>nte e diretores – por<br />
meio <strong>de</strong> headhunters”.<br />
Divulgação/BYD<br />
40<br />
Projeto <strong>de</strong> Salvador será parecido com<br />
o que já existe na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Shenzhen,<br />
na China, segundo a BYD<br />
REVISTA FERROVIÁRIA | <strong>Julho</strong>/Agosto DE <strong>2018</strong>