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Livro "São Pedro de Canedo, História de uma Vila" - 2ª Edição

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São Pedro de Canedo – História de uma Vila

O Mosteiro e a Vila nas Inquirições

Canedo, surge em várias Inquirições nas Terras de Santa Maria, como

as de D. Afonso II, D. Afonso III, D. Dinis como no Foral Manuelino de 1514

às Terras de Santa Maria.

Nas Cortes de Coimbra, reunidas por D. Afonso II logo no primeiro

ano do seu reinado (1211), foi votado que as igrejas não adquirissem, por

título de compra, novos bens de raiz, a não ser para os aniversários dos reis.

Visava esta restrição, com outras providências depois adaptadas,

cercear o aumento da propriedade eclesiástica, como paralelamente se iam

a restringir as isenções e haveres da nobreza, para que não sofresse

detrimento o património do rei ou do Estado.

Os atos mais importantes inspirados nessa política foram, todavia, as

Confirmações Gerais e as Inquirições de 1220. Pelas primeiras verificavamse

os títulos de propriedade do clero e dos nobres, pelas segundas

averiguava-se judicialmente “a natureza das diversas propriedades, dos

direitos senhoriais e dos padroados de igrejas e mosteiros.”

Destas inquirições, não temos para as povoações do atual distrito de

Aveiro memórias tão completas como as que ficaram dos territórios então

incluídos no arcebispado de Braga.

Mas são ainda de certa importância para a nossa história local as atas

das que se realizaram em Cambra, Palmaz, Figueiredo, Branca, Antoã,

Salreu, Fermelã, Loure, Alquerubim, Vai-Maior, Vouga, Valongo, Covelos,

Segadães, Recardães, Águeda, etc. (Encontram-se no Livro 2 das Inquirições

de D. Afonso II, fls. 118 v. a 124 v.; J. P. Ribeiro julga-as de data pouco

posterior a 1220).

Não foi excetuada de semelhante diligência à Terra de Santa Maria.

Embora não apareçam atas em forma, há uma relação das propriedades de

Mosteiros e Ordens em vários julgados da Diocese do Porto, que supõe uma

inquirição.

A ela se refere J. Anastácio de Figueiredo (Nova História da Militar

Ordem de Malta, I, 362), e não será outra coisa que Viterbo cita como

Inquirições de D. Afonso II (Elucidário, v. Cabaneros).

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