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Livro "São Pedro de Canedo, História de uma Vila" - 2ª Edição

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São Pedro de Canedo – História de uma Vila

Causa apertos do coração vêr que, apesar da continua concurrencia

de gente, carros e béstas de carga, que do interior afluem a Carvoeiro, não

tenha a camara da Feira dado impulso às obras da estrada ha tanto tempo

approvada pelas Obras Publicas; o quô muito faria prosperar estas terras.

A actual estrada não é mais do que uma sequência de barrancos e

precipícios, por onde se passa sempre tremendo; mas, mesmo assim, como

não há outra, o transito é continuo, e muito mais seria se houvesse uma

estrada que merecesse este nome.

A Camara da Feira, que (de alguns anos para cá) tanto tem curado de

obras publicas municipaes, se tem completamente esquecido d'isto

(provavelmente por lhe ficar distante da villa, que se não aproveita d'esta

via de communieação.)

Esta desgraçada estrada, artéria principal para a vida commercial dos

povos que estaneeiam a NO. da villa da Feira, só é lembrada em tempo de

eleições. Esta povoação tem mais de 1000 annos. Em 897, era da freguezia

de Várzea de Carvoeiro, hoje extincta.”

31. Portugal Antigo e Moderno, Pinho Leal:

“CABEÇO DE SOBREIRO ou de SOVEREIRO —serra, Douro, próximo da

margem esquerda do Douro, 24 kilometros ao SE. Do Porto, 318 ao N. de

Lisboa. Produz apenas Carqueija (que toda vai para o Porto) urze e matto.

Traz alguma caça e, no inverno, lobos.

Pertence às freguezias de Fermedo, S. Miguel do Matto, Valle, Canêdo e

Lomba. É notável por no seu cume ter um marco chamado Marco dos

quatro concelhos, que marca a divisão dos concelhos de Gondomar, Paiva,

Feira e Arouca.

É o ponto extremo (a ENE.) das Terras de Santa Maria. D'esta serra se ve

o Porto, a sua foz e grande extensão do Occeano Atlântico, muitas

freguezias dos arrabaldes do Porto, o rio Douro e muitas povoações e serras

de ambas as margens d'este rio.

Na maior parte é muito boa terra e com várias nascentes de água, pelo

que é susceptível de cultura, e certamente não estaria improductiva se os

nossos governos cuidassem mais nos interesses do paiz.”

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