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Livro "São Pedro de Canedo, História de uma Vila" - 2ª Edição

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São Pedro de Canedo – História de uma Vila

Pão, cal, sal, vinho, vinagre fruta verde 9 hortaliça, pescalo e marisco:

tudo pagava por carga. E havia carga maior (de cavalo ou muar), carga.

menor (de asno), costal (que um homem levava as costas) e outra nas mãos

ou debaixo do braço.

O carro ou carreta equivalia a duas cargas maiores.

Não pagavam portagem: pão cozido, queijadas, biscoitos, farelos,

ovos, leite, prata lavrada, nem as coisas compradas na la para o termo nem

do Termo ou vizinhança para a vila.

Mudada: Não pagava portagem, excepto quando levavam coisas para

vender. Frutas dos bens próprios, tenças, estavam nas condições da casa

mudada.

Gados e bestas, panos finos, coirama e seladura, ora isentos, ora

isentos, ora contribuídos, pagavam geralmente por carga maior.

Azeite, mel e semelhantes, pelitaria (toda qualidade de peles para

calçado, vestidos, forros, guarnições ou regalo), metais, ferro e obras deste,

telha, tijolo e obras de barro, palma, esparto — tudo tinha o seu tributo ou

estava dele dispensada conforme as circunstâncias

especiais, e as entradas e saídas por terra tinham a sua regulamentação.” 85

Não foram esquecidos os privilegiados que eram os eclesiásticos dos

mosteiros, clérigos de ordens sacras, beneficiados de ordens menores, e as

mulheres com votos, porque não pagariam portagem nos seus bens ou nos

que comprassem para suas casas e familiares.

Finalmente aparece a pena contra aqueles que levem mais direitos.

Seriam degredados para fora da vila e termo e pagariam cadeia.

De certo modo, desde do Foral Manuelino até à atualidade restam

poucos documentos porque, entretanto, todos os arquivos da Paróquia

foram parar ao Arquivo de Coimbra quando o mosteiro ruiu por volta do

século XVI.

85 Páginas 171 e 172. São Pedro de Canedo No Concelho da Feira. António Ferreira de Pinto. (1928)

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