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Livro "São Pedro de Canedo, História de uma Vila" - 2ª Edição

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São Pedro de Canedo – História de uma Vila

• A Igreja Paroquial

A Igreja Paroquial, com o padroeiro São Pedro, é o último

monumento que identifica a terra depois do mosteiro, tendo também

estado algum tempo ao abandono.

Vem mencionada pela primeira vez no século XIV quando a igreja é

doada ao Cabido da Sé do Porto e posteriormente em 1623 no relatório da

visita a Canedo, diz: “O conde de São Lourenço é o Comendador e obrigado

a tudo o necessário não só para a capela-mór e sacristia, mas também para

a mesma igreja.”

A. Nogueira Gonçalves, na sua obra “Inventário artístico de Portugal”,

caracteriza a Igreja Paroquial de Canedo “ampla e de modesta construção.

O conjunto corresponderá aos fins do século XVII ou aos começos do

seguinte. Todavia por volta de 1800, conforme a data gravada na porta

principal, refizeram a frontaria. Poderia ter sido causa o seu desaprumo.

Talvez a transportassem mais para a frente como parece deduzir-se

da situação atual das portas travessas, avançadas para a capela-mór. O

arco-cruzeiro, de almofadas corridas, apresenta desaprumos. Há duas

portas travessas simples, quatro janelas de esbarro no corpo e duas maiores

na capela-mór. Para a frontaria é possível que tivessem aproveitado na

maior parte as cantarias antigas, é de porta retangular com frontão, janela

de coro abrindo em esbarro. Para a direita levantaram a nova torre,

podendo ser uma ventaria antiga aquele arco fechado, na zona inferior, no

qual se abriga uma escultura que referiremos.

Tinha um simples púlpito, com mísula a sustentar a bacia. É

verdadeiramente de notar, o pequeno e elegante batistério; duas pilastras

toscanas, com entablamento e frontão aberto, enquadram o nicho de plano

circular e de concha a cobrir; aí se inclui a pia batismal decorada aos gomos

e de pé em balaústre ornado. A capela-mór teve grandes beneficiações.

Dotaram-na de duas tribunas formadas por bacia sobre cachorros,

aproveitamento ou imitação de sacada civil, com balaustrada de antigas

talhas, talhas que também empregaram em duas cómodas-credências.

Recentemente, reproduziram balaustradas na teia do arco-cruzeiro.

Renovaram na maior parte, o teto de vigorosos caixotões.

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