fig. 18 - Erechteion em Atenasfig. 19 - Casas em Asilah, Marrocos12
separadas que passam a formar uma unidade cada vez mais sólida. Assim a adição resulta daaglomeração de peças que, pela vontade do artista, se tornam numa totalidade.Ao longo da história da arquitectura, estes dois processos também foram aplicados naconcepção dos edifícios. Estes processos são importantes para a definição formal daarquitectura, como no caso da Arquitectura Clássica Grega, onde é visível os elementosda estrutura, do cheio. Esta era uma arquitectura feita por peças distintas como colunas,fuste, arquitrave e frontão. A arquitectura Clássica Grega (fig. 18) é desta forma baseada nosistema aditivo enquanto que em arquitecturas como a Árabe (fig. 19), ou a Clássica Romanafacilmente nomeamos os elementos que compõem os vazios, sejam eles janelas, portas,frestas ou arcos.Na obra de Mies Van der Rohe ou Le Corbusier estes dois modos de agir sobre a matéria estãopresentes. Le Corbusier criou o sistema Domino, que supõe uma base formal na estrutura dosedifícios, ou seja, elementos soltos que são organizados num esquema que permite a plantalivre. Compõe simultaneamente edifícios que utilizando esta mesma base estrutural paracriar os volumes-base, escava os anteriores volumes numa composição assente no sistemade proporções Le Modulor como acontece no bairro de Pessac (1925) ou na Ville em Garches(1927). Para Le Corbusier a arquitectura depende directamente do jogo dos volumes sob aluz e por isso numa primeira fase a atitude projectual passa pela concepção da estrutura poradição concebendo sólidos base (volumes) que são trabalhados e escavados (subtracção).Esta atitude atingiu o seu culminar na capela de Ronchamp (1955), onde mais do que aabstracção estrutural, Le Corbusier trabalha com a espessura, escavando a profundidadee manipulando as massas do edifício. Pelo contrário, Mies na sua pesquisa pelo ideal doesqueleto estrutural como visão formal e da inter-relação dos espaços adopta um esquemacompositivo com base em peças que são montadas numa forma completa. A imagem dosesqueletos dos edifícios em construção, com a retícula de aço, tornou-se objectivo e conceitoconstrutivo ideal. Para este a procura da essência da arquitectura tinha que partir do seuinterior e, portanto, da sua estrutura.Destas duas diferentes posturas é possível afirmar que a arquitectura de Le Corbusier étendencialmente “figurativa” enquanto que Mies apresenta uma arquitectura “abstracta”, combase nos conceitos que Carlos Marti Aris desenvolve no texto “Abstracción en Arquitectura:una definición”. Isto é, a partir da forma arquitectónica e das suas duas origens etimológicassurgem as diferenças. Do termo grego eidos evolui uma ideia de “disposição e ordenaçãogeral das suas partes” onde a “...forma se identifica com a essencial constituição internade um objecto,...” . Estamos perante o noção de “estrutura”, que por privilegiar a relaçãoentre as partes e a essencial constituição do objecto remete para a “abstracção” e para aarquitectura de Mies. Por outro lado a forma arquitectónica como Gestalt, do alemão, é Carlos Martí Arís, Abstraccion en Arquitectura: Una definicion, in La cimbra y el arco, p. 3613
- Page 1 and 2: Fragmentorepresentação da memóri
- Page 3 and 4: Prova Final para Licenciatura em Ar
- Page 5: Dedicadoaos meus pais e irmãosDoce
- Page 9: Sumário3351 - Introdução1.1 - Ob
- Page 13: 1 - IntroduçãoEste trabalho é re
- Page 16 and 17: Circus DomitianusPantheonAmphitheat
- Page 18 and 19: fig. 7 - Planta de levantamento da
- Page 20 and 21: fig. 11 - Planta da cidade grega de
- Page 25 and 26: vista como aparência do objecto, v
- Page 27: 3 - CORPO e FRACTURA - Ruína, natu
- Page 31 and 32: nos pertence. Assim estes elementos
- Page 33 and 34: 4 - “Frammenti” - Rossi“Rossi
- Page 35: mesmo conjunto. Analisando os desen
- Page 38 and 39: 28fig. 25 - Desenho de Álvaro Siza
- Page 40 and 41: 30fig. 26 - Desenho “La Citiá An
- Page 42 and 43: fig. 27 - Escola Superior de Educa
- Page 45 and 46: “Pensemos en el caso de Siza.(...
- Page 47 and 48: 5.1 - Casa Beires, Póvoa de Varzim
- Page 49 and 50: alargamento funciona como espaço d
- Page 51 and 52: Ainda acerca da casa Beires, ou cas
- Page 53 and 54: 5.2 - Intervenção SAAL em São Vi
- Page 55 and 56: existentes e os percursos antigos.
- Page 57 and 58: qual só resta o volume das habita
- Page 59 and 60: 5.3 - Casa Alcino Cardoso, Moledo d
- Page 61 and 62: através de uma quase prospecção
- Page 63 and 64: 6 - Percurso até à Natureza - Edu
- Page 65 and 66: Cardoso soluções projectuais que
- Page 67 and 68: clínica dentária na Rua do Amial
- Page 69 and 70: 6.1 - O Mercado de Carandá, Braga,
- Page 71 and 72: O projecto apresenta duas grandes
- Page 73 and 74:
e gregas, onde as colunas permanece
- Page 75 and 76:
onde a obra é pública e encontra-
- Page 77 and 78:
6.2 - A ruína no projecto“Testem
- Page 79:
em Álvaro Siza e em Aldo Rossi, n
- Page 82 and 83:
72fig. 84 - Pousada de Santa Maria
- Page 84 and 85:
74fig. 86 - Casa 2 em Nevogilde, Po
- Page 86 and 87:
fig. 87 - “São Sebastiao”, And
- Page 88 and 89:
fig. 90 - Desenho para o Concurso p
- Page 91 and 92:
6.5 - A ruína como justificação
- Page 93 and 94:
7 - OUTRA VISÃO - Fernando Távora
- Page 95:
obsessão.” 92Sendo plausível fa
- Page 99:
8 - Conclusão“... cheguei à con
- Page 103 and 104:
9 - BibliografiaAAVV, Aldo Rossi: a
- Page 105 and 106:
10 - Créditos de imagensCapa - AAV
- Page 107 and 108:
fig. 59 - MENDRISIO, Academia de ar