fig. 64 - Esquisso para entrada no Mercado deCaranadá, Braga, Eduardo Souto Mourafig. 65 - Stoa na Ágora Athalos em Atenasfig. 66 - Esquissos para o projecto do Mercado deCarandá, Braga, Eduardo Souto Moura58
6.1 - O Mercado de Carandá, Braga, 1980 - 84Num caminho para o nada surge a obra.Assente numa preexistência, num muro, num caminho romano segundo o arquitecto,o mercado apresenta-se como uma linha apenas, um gesto só. O mercado é resultadoda tentativa de estruturar o crescimento da cidade, de lançar uma malha, que suporte odesenvolvimento da zona.Deste gesto surgem uma série de muros que articulam espaços e vivências. A imagemexterior da obra é determinada por grandes planos que não se intersectam, demonstrandouma influência referente às obras neoplásticas de Mies Van der Rohe. Os planos brancos,opacos, contrastam com a textura enrugada dos muros de granito aparelhado. As colunasque suportam o plano horizontal de betão, quase etéreo, criam uma realidade para o exteriorde carácter plástico, quase abstracto. O mercado esconde no seu interior uma espacialidademarcada por 3 naves definidas pela sucessão de colunas. Por oposição ao exterior, no interiorestá presente a analogia com formas associadas aos lugares de comércio recorrentes ao longoda história, locais como as stoas gregas.A base estrutural deste edifício assenta numa rede de pontos, que distam 8 x 6.5 metros, ouseja, numa sucessão de colunas que dá ritmo ao percurso e estabelece a divisão espacialna qual se apoia uma cobertura plana em duplo balanço. É interessante perceber como aimagem do mercado contrasta com o seu sistema estrutural, uma vez que a cobertura estásustentada pela colunata e não pelos muros, como poderia parecer à primeira vista.Numa primeira abordagem à planimetria apresenta-se portanto uma métrica rígida que setraduz num esquematismo, nalguma abstracção, que todavia não se sente na vivência doespaço. Fica sim a presença forte dos elementos por si articulados, criando o espaço comouma síntese.O edifício apresenta um carácter de flexibilidade de usos. Talvez a forma do edifício tenhasuperado a sua função: “La forma del edificio es más fuerte que su contenido ideológico, o siqueréis es indiferente respecto a su contenido ideológico.” 71A utilização do plano livre mais do que uma escolha linguística é um instrumento empírico,um artifício, um modo de trabalhar para obter um certo grau de flexibilidade durante aconstrução.71 (acerca da mesquita Córdoba) Aldo Rossi, Aldo Rossi, Ciudad y Proyecto, in Proyecto y Ciudad Historica - ISeminário Internacional de Arquitectura en Compostela, p. 2159
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