fig. 71 - Ruína romana em Vollubilis, Marrocosfig. 73 - Colunas caídas, Centro Cultural Carandá,Braga, Eduardo Souto Mourafig. 72 - Ruína romana em Vollubilis, Marrocosfig. 74 - Centro Cultural Carandá, Braga, EduardoSouto Mourafig. 75 - Café do Mercado, Braga, E. Souto Moura62
e gregas, onde as colunas permanecem personificados nos quatro pilares arrancadose dispostos na entrada poente e dispostos quase casuisticamente tombados. Além destascolunas tombadas como representação da acção do Tempo, também os muros de pedrase encontram “arruinados”. Os muros que no primeiro projecto se encontravam inteiros,apresentam agora faltas de pedras em determinados cantos, reforçando a intervenção doarquitecto que age representando a acção do Tempo. Estes muros aproximam-se agora domuro central que desde o início se apresentava em ruína.Aliada a esta alteração formal, a mudança funcional de mercado para centro cultural trouxenovas valências funcionais: escola de dança, biblioteca municipal, jardim de infância, casade chá e quiosque. A escola de dança situa-se num novo volume coberto por um jardim,situado a norte, libertando ao invés o espaço das antigas bancadas. O restante programalocaliza-se nas lojas debaixo do percurso superior (exterior).O Café do Mercado, Braga, 1980 - 1984Localizado na proximidade da antiga casa da quinta, o café aproveita a força do existente parase projectar no sentido da periferia urbana. O café está implantado no centro do mercadoonde se localiza uma das entradas, assim como o “muro arruinado”.Agarra-se à ruína da casa, aproveitando a estabilidade formal da arquitectura popular presentenas ruínas dessa mesma casa, criando a excepção no lado virado para os campos envolventes:desenha um plano vertical que marca a entrada. Este plano vertical rebocado contrasta como aparelho de pedra da casa e aumenta a escala do edifício. “É fundamentalmente conseguira escala pela fachada; que é uma actividade facial e pictórica, muito da arquitecturaportuguesa(...)” 72Este plano constitui o maior desafio estrutural da obra, uma vez que esta “parede viga”, forteelemento estrutural mas que, de modo contraditório parece flutuar, tem como únicos apoiosum pilar de betão e um outro metálico.Dada a simplicidade do programa parece intuitiva a decisão da separação entre o espaçode café propriamente dito e os espaços de apoio que se “escondem” nas paredes da antigacasa.A ruína inventadaNo mercado surge a ruína inventada. Esta ruína não sendo uma memória existente, édesenhada, desenvolvendo-se o projecto a partir desta condição.Após a recuperação do Gerês em que a memória é fundamental ao projecto, no mercado72 Eduardo Souto Moura,Eduardo Souto Moura, A Ambição à Obra Anónima (numa conversa com Eduardo Souto Moura),in Eduardo Souto Moura, (ed. 2000), p. 3163
- Page 1 and 2:
Fragmentorepresentação da memóri
- Page 3 and 4:
Prova Final para Licenciatura em Ar
- Page 5:
Dedicadoaos meus pais e irmãosDoce
- Page 9:
Sumário3351 - Introdução1.1 - Ob
- Page 13:
1 - IntroduçãoEste trabalho é re
- Page 16 and 17:
Circus DomitianusPantheonAmphitheat
- Page 18 and 19:
fig. 7 - Planta de levantamento da
- Page 20 and 21:
fig. 11 - Planta da cidade grega de
- Page 22 and 23: fig. 18 - Erechteion em Atenasfig.
- Page 25 and 26: vista como aparência do objecto, v
- Page 27: 3 - CORPO e FRACTURA - Ruína, natu
- Page 31 and 32: nos pertence. Assim estes elementos
- Page 33 and 34: 4 - “Frammenti” - Rossi“Rossi
- Page 35: mesmo conjunto. Analisando os desen
- Page 38 and 39: 28fig. 25 - Desenho de Álvaro Siza
- Page 40 and 41: 30fig. 26 - Desenho “La Citiá An
- Page 42 and 43: fig. 27 - Escola Superior de Educa
- Page 45 and 46: “Pensemos en el caso de Siza.(...
- Page 47 and 48: 5.1 - Casa Beires, Póvoa de Varzim
- Page 49 and 50: alargamento funciona como espaço d
- Page 51 and 52: Ainda acerca da casa Beires, ou cas
- Page 53 and 54: 5.2 - Intervenção SAAL em São Vi
- Page 55 and 56: existentes e os percursos antigos.
- Page 57 and 58: qual só resta o volume das habita
- Page 59 and 60: 5.3 - Casa Alcino Cardoso, Moledo d
- Page 61 and 62: através de uma quase prospecção
- Page 63 and 64: 6 - Percurso até à Natureza - Edu
- Page 65 and 66: Cardoso soluções projectuais que
- Page 67 and 68: clínica dentária na Rua do Amial
- Page 69 and 70: 6.1 - O Mercado de Carandá, Braga,
- Page 71: O projecto apresenta duas grandes
- Page 75 and 76: onde a obra é pública e encontra-
- Page 77 and 78: 6.2 - A ruína no projecto“Testem
- Page 79: em Álvaro Siza e em Aldo Rossi, n
- Page 82 and 83: 72fig. 84 - Pousada de Santa Maria
- Page 84 and 85: 74fig. 86 - Casa 2 em Nevogilde, Po
- Page 86 and 87: fig. 87 - “São Sebastiao”, And
- Page 88 and 89: fig. 90 - Desenho para o Concurso p
- Page 91 and 92: 6.5 - A ruína como justificação
- Page 93 and 94: 7 - OUTRA VISÃO - Fernando Távora
- Page 95: obsessão.” 92Sendo plausível fa
- Page 99: 8 - Conclusão“... cheguei à con
- Page 103 and 104: 9 - BibliografiaAAVV, Aldo Rossi: a
- Page 105 and 106: 10 - Créditos de imagensCapa - AAV
- Page 107 and 108: fig. 59 - MENDRISIO, Academia de ar