fig. 27 - Escola Superior de Educação, Setúbal, A. Sizafig. 29 - Faculdade de Arquitectura da U. Porto, A. Sizafig. 28 - Galeria Ufizzi, Florença, Giorgio Vasarifig. 30 - Santuário de Cabo Espichelfig. 31 - Vista do Bairro da Malagueira, Évora, Álvaro Siza32
Episcopal” 33 , desenha um sólido que se desenvolve à volta de um pátio, para durante asvárias fases do projecto começar a fragmentar esse mesmo sólido em pequenas peças -que correspondem às torres de aulas - transformando aquilo que seria um só volume numconfronto de peças e partes que se relacionam entre si. Esta estrutura ambígua conjuga aimagem modernista com blocos soltos, com o desenho do pátio à imagem dos grandesedifícios conventuais e o desenho das fachadas antropomórficas. Tal como se encontram nasruínas históricas as fundações de edifícios, a partir dos quais pode-se adivinhar as antigasfunções, o edifício da Faculdade de Arquitectura apresenta um vazio entre as últimas duastorres, deixando pressentir como seria a fundação de uma hipotética quinta torre.Simultaneamente ao processo assente na fragmentação, o arquitecto reutiliza estruturasformais existentes na História da Arquitectura, como acontece em projectos como os daEscola Superior de Educação de Setúbal (1986-93), próxima do Santuário do cabo Espichel.A função não é determinante para a forma; para Aldo Rossi certas estruturas formais queperduram no tempo podem ser úteis como instrumento concreto de projecto.Paulo Martins Barata, sobre a Casa Beires, afirma que esta casa é “...explodida, fragmentossuspensos permanecem sem uma lógica estrutural evidente...” 34 . Esta ideia de explosão efragmentação parte de uma percepção romântica da paisagem, do projecto como uma ruína.Para Álvaro Siza não existe a Grande Liberdade, toda a arquitectura é circunstancial, o quelhe interessa é tornar física a evidência que ele imaginou e projectou. O que pretende éreinterpretar uma história, inventar um contexto de memórias colectivas e pessoais, negandoo deserto de circunstâncias.Relativamente à intervenção em Évora no bairro da Malagueira (1977), Siza diz: “O queimagina faz-se presente e tomba sobre o chão ondulado, como um lençol branco e pesado.Revelando mil coisas a que ninguém prestava atenção: rochas emergentes, árvores, muros ecaminhos de pé posto, tanques, depósitos e sulcos de água, construções em ruínas, esqueletosde animais” 35 . Esta acção reveladora que assenta na manipulação da memória colectiva,parece ser o anúncio da personalidade escondida dos sítios. “O mundo inteiro e a memóriainteira do mundo continuamente desenham a cidade” 36 . O genius loci existe portanto comoalgo que ultrapassa o sítio do projecto, mas que pertence também à interioridade do arquitectoe à sua sensibilidade, adquirindo um significado de matéria e simultaneamente instrumentode projecto.33 Peter Testa, Espaço Evolucionário. Projectar a Escola de Arquitectura do Porto, in Edifício da Faculdadede Arquitectura da Universidade do Porto. Percursos do Projecto, p.6934 Paulo Martins Barata, Casa Beires - Póvoa de Varzim 1973-1976, in Álvaro Siza - 1954-1976, p.17035 Álvaro Siza (1990),Quinta da Malagueira, in As Cidades de Álvaro Siza36 Álvaro Siza (1990),Quinta da Malagueira, in As Cidades de Álvaro Siza33
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