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psicología social: perspectivas y aportaciones hacia un mundo posible

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328 Psicología <strong>social</strong>: <strong>perspectivas</strong> y <strong>aportaciones</strong> <strong>hacia</strong> <strong>un</strong> m<strong>un</strong>do <strong>posible</strong>divino de forma aleatória e imprevisível deixa de fazer sentido e impõe-se a árdua tarefa de promovera criatividade, nas suas formas mais quotidianas, mais modestas, ou correremos o risco de cairna estupefacção que abalou os EUA em 1957, aquando do lançamento do Sputnik. Os novos desafiosexigem soluções criativas e os velhos problemas como a fome, a guerra, as doenças incuráveis,não compactuam com as respostas já existentes e manifestamente insuficientes. A acumulação desaberes dissociada de uma leitura criativa leva, no limite, a uma mera reprodução de saberes e osperitos surgem como uma mais valia suspeita, face às máquinas que tão bem desempenham as maisdiversas tarefas.Todos nós almejamos, em última instancia, a grande criatividade, as grandes produções científicas,artísticas ou tecnológicas, decorrentes de muitos anos de investimento numa determinada áreado saber e de um processo de integração no domínio do conhecimento e de aceitação pela com<strong>un</strong>idadeque aprecia e julga a sua originalidade. No dia-a-dia procuramos desenvolver a pequenacriatividade, a capacidade de apresentar novas ideias, ideias originais e arriscadas, a capacidade deequacionar novos problemas e a capacidade de lidar com a ambiguidade das múltiplas soluções.Aliás, foi Guilford (1950) quem alertou a com<strong>un</strong>idade dos psicólogos americanos (apa) e a com<strong>un</strong>idadeem geral para a necessidade de se promover e avaliar a criatividade das pessoas com<strong>un</strong>s,através de alg<strong>un</strong>s critérios definidores do denominado pensamento divergente, tais como a fluência,a flexibilidade, a originalidade e o levantamento de novas questões.Apesar da distinção conceptual entre a grande e a pequena criatividade, apresentada por Treffinger(1987) e amplamente assumida por Csikszentmihalyi (1988), e apesar de em última instânciahaver quem defenda que a invenção não é verdadeiramente ex nihilo, na medida em que tudo oque se produz é sempre o resultado de um acto de combinação (Perkins, 1981), não esqueçamos osos estudos longitudinais efectuados por E. P. Torrance e seus colaboradores (Torrance & Torrance,1974; Torrance, 1988). Haveria uma correlação entre os resultados obtidos no ttct (torrance test ofcreative thinking), den<strong>un</strong>ciador da pequena criatividade a que aludimos, e as produções criativasna idade adulta, próprias da grande criatividade.De forma semelhante, o estudo de meta-análise de Barron e Harrington (1981), sobre a validadepreditiva dos testes de criatividade, aponta para uma correlação positiva entre os resultadosdos testes de pensamento divergente e o desempenho criativo adulto nos mais diversos domíniosdo saber.Visando a construção de uma atitude crítica numa sociedade que continua a valorizar preferencialmentea atitude conformista, envolvemo-nos no programa de enriquecimento “A Pirâmide”, peloincentivo ao rompimento com o mero pensamento convencional, com a mera ass<strong>un</strong>ção de directrizes,com o medo de tomar decisões e assumir riscos e com o hábito de não equacionar soluçõesalternativas, por poderem parecer pouco adequadas e pouco securizantes.No dizer de alg<strong>un</strong>s meninos não temos medo de assumir que “As Sara’s são mesmo disparatadas”e que “Uma idéia que não é perigosa não merece nem mesmo ser chamada de idéia.”(Oscar Wilde).

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