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psicología social: perspectivas y aportaciones hacia un mundo posible

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62 Psicología <strong>social</strong>: <strong>perspectivas</strong> y <strong>aportaciones</strong> <strong>hacia</strong> <strong>un</strong> m<strong>un</strong>do <strong>posible</strong>Sem sombra de dúvida, podemos responder que não!O que de fato está acontecendo é que presenciamos uma alteração na expressão das contradiçõese das dificuldades que os setores populares e oprimidos vivem, ao lado de um grandemovimento da sociedade preocupada em ajudar e fazer algo. Isto, em vários momentos, cria afalsa idéia de que melhoraram ou mudaram as condições perversas de opressão, marginalidade ede exploração, já que aumentaram os grupos e contingentes de pessoas e segmentos da sociedadecivil envolvendo-se em algum tipo de ação pró-cidadania. Na verdade, infelizmente, não é o fato dehaver este aumento da “vontade de ajudara” que acarreta uma diminuição dos problemas e eliminaos determinantes de tais situações de opressão e exploração.Diante de toda esta exposição feita até este momento, defende-se que o foco para o qual apsicologia <strong>social</strong> com<strong>un</strong>itária deva se voltar refere-se a aspectos, hoje, mais sutis e velados do quehá alg<strong>un</strong>s anos atrás, e que constituem-se em entraves para os processos de participação e conscientizaçãodos inúmeros participantes e agentes envolvidos.Estes aspectos referem-se a:n As formas diárias e renovadas de rompimento da confiança depositada no outro <strong>social</strong>, ao ladodo esmaecimento ou da perda de projetos coletivos. Isto leva a uma certa descrença para como sucesso das ações coletivas, e portanto, uma descrença para com a vida <strong>social</strong> e os programasde ação coletiva;n Os diferentes tipos de conformismo que se manifestam diante do sentimento de impotênciapara mudar as relações adversas, sejam elas de exploração, injustiça, competição ou egoísmo.Isto traz uma certa distorção na análise das condições reais geradoras dessas relações adversase de conflito e luta cotidianas, muitas localizando responsáveis ou determinantes em dimensõesindividuais ou aspectos de personalidade, caráter ou comportamento.Finalizando, o que poderíamos dizer que a psicologia <strong>social</strong> com<strong>un</strong>itária fez e continua a fazer deimportante, no cenário dos trabalhos com<strong>un</strong>itários? Que construção ela nos apresenta? Novamentenos deparamos com cinco pontos:1. A psicologia <strong>social</strong> com<strong>un</strong>itária continua a <strong>un</strong>ir os trabalhos e as experiências de camposdisciplinares diferentes como com a educação popular, com os trabalhos da investigação-acãoparticipoantecom os setores do campo e das periferias das grandes cidades (Freitas, 2002,2003b, 2005, prelo). Re-dimensiona-se, assim, seu papel também como um trabalho educativoe pedagógico.2. A psicologia <strong>social</strong> com<strong>un</strong>itária dirige-se, f<strong>un</strong>damentalmente, à retomada dos processos psicossociais—conscientização e participação— assim como a conceitos como exclusão-inclusãoparticipaçãoenfocando-as como categorias dialéticas histórico-<strong>social</strong>mente construídas (Freitas,2005, 2006). Aparece a recuperação da importância de análises macro e micro-sociais para acompreensão dialética da totalidade histórica da vida cotidiana.3. A psicologia <strong>social</strong> com<strong>un</strong>itária dá um lugar central à com<strong>un</strong>idade como foco nas relações eações com<strong>un</strong>itárias. Encontramos, pela primeira vez, neste campo a com<strong>un</strong>idade como categoriacentral de análise e de possibilidades de ação concreta (Freitas, 2003b, 2005).

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