psicología social: perspectivas y aportaciones hacia un mundo posible

Que legado recebeu e que desafios enfrenta a psicologia social comunitária?53—saindo de perspectivas mais amplas e totalizadoras, em que os aspectos estruturais e conjunturaisdo problema em questão, eram priorizados— para uma ênfase em temas, problemas ou situaçõesmais pontuais e focais, circunscrevendo a análise a fragmentos ou parcelas dos acontecimentos,desfocando os determinantes de tais problemas.Poder-se-ia dizer que estariam surgindo novas propostas de ação social, na atualidade. Sãopropostas mais pontuais e com objetivos imediatos, protagonizadas em grande escala pelas ong epelos projetos de responsabilidade social e civil e pelos do chamado terceiro setor, além dos atuaisprogramas de filantropia, de protagonismo juvenil e social. Presenciamos, assim, uma divulgação,ampliação e expansão dos lugares e dos vários tipos de trabalho da psicologia, acontecendo emdiferentes contextos e situações comunitárias (Freitas, 2005, prelo; Gohn, 2000; Caldeira, 2000).Diante deste quadro, poder-se-ia dizer, também, que estaria havendo uma espécie de substituiçãodos paradigmas de ação coletiva dos movimentos sociais, que existiam nas décadas de 60 e70 (Freitas, 2002, 2005; Gohn, 2000) por uma espécie de paradigmas da “individualidade” e açõesimediatas. Poder-se-ia, num primeiro momento pensar, à semelhança de Montero (1994; 2003)que estaria havendo uma convivência de paradigmas. Entretanto, parece-nos que há um “algo”a mais, na atualidade das relações globalizadas e bombardeadas por quantidades de informaçãoque não permitem um aprofundamento qualitativo das mesmas. Estaria havendo uma espécie desubstituição do paradigma da ação coletiva (Gohn, 2000) por uma espécie de um paradigma da“presentificação da vida cotidiana” (Freitas, 2005, prelo) em que se instauraria uma certa “luta (oucompetição) polida e velada” em que presenciamos o renascimento de propostas e modelos antigos,agora à luz do mote, politicamente correto, da “defesa do social” como condição sine qua non(Freitas, 2005, prelo).Nesta linha de reflexão, no quadro atual, pode-se dizer, então, que nos deparamos com inúmerosprojetos de intervenção e ação comunitária, que apresentam algumas incoerências e paradoxos.Embora tais trabalhos defendam uma melhora na vida das pessoas e manifestem uma preocupaçãocom as condições sociais delas, os projetos políticos e os seus compromissos efetivos acabam sendorelegados a planos secundários ou substituídos, quando da implementação de tais práticas comunitárias.Em outras palavras, sobressai uma forte preocupação para com a quantidade e eficiênciadas ações pró-cidadania e pró-inclusão, como se os resultados e os números pudessem substituiros processos de formação, conscientização e participação com vistas a uma vida cotidiana maissolidária e coletiva, ou seja, como se tais resultados eficientes pudessem, por si só, ser sinônimosde projetos e compromissos políticos, a longo prazo, para a construção de uma sociedade maisjusta e melhor.Temas e problemáticas s nas intervenções em comunidadePretende-se, neste momento, fazer uma breve referência que nos dê uma fotografia atualizada departe dos diferentes movimentos que vêm acontecendo no cenário e na dinâmica comunitárias, emdistintos lugares, setores e regiões. Para isto, apresenta-se, a seguir uma breve explanação a respeitodos resultados de um levantamento referente ao II Congresso Brasileiro de Psicologia, em setembrode 2006, na cidade de São Paulo, Brasil. Foram realizadas inúmeras mesas redondas, simpósios,