VOL 2 – Arquitetura nas Fazendas do Sul de Minas ... - Monumenta
VOL 2 – Arquitetura nas Fazendas do Sul de Minas ... - Monumenta
VOL 2 – Arquitetura nas Fazendas do Sul de Minas ... - Monumenta
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
20<br />
Figuras 8 e 9 - Mapa da Comarca <strong>de</strong><br />
Mi<strong>nas</strong> 1821 / Mapa da Comarca <strong>do</strong> Rio<br />
das Mortes. Fonte: Arquivos Históricos e<br />
Documentais da UFSJ.<br />
Figura 10 - Mapa <strong>de</strong> Regionalização <strong>de</strong><br />
Mi<strong>nas</strong> Gerais no século XVIII que,<br />
grosso mo<strong>do</strong>, correspon<strong>de</strong> às antigas<br />
comarcas. Fonte: Cunha (2008).<br />
Figura 11 - Aquarela <strong>de</strong> Thomas En<strong>de</strong>r<br />
1817. Uma parte da Serra da Mantiqueira<br />
na Vila <strong>de</strong> Lorena. Fonte: Costa (2004)<br />
p. 94.<br />
O caminho <strong>de</strong> Fernão Dias partia <strong>de</strong> São Paulo em direção a Atibaia,<br />
passava por Bragança Paulista e pelo registro <strong>de</strong> Jaguari, na altura <strong>de</strong> rio<br />
homônimo, transpunha a serra da Mantiqueira, na altura <strong>de</strong> Camanducaia,<br />
seguia ao norte passan<strong>do</strong> pela serra <strong>de</strong> Araquamaba (atual Canguava), pelo rio<br />
<strong>do</strong> Peixe, pelo topônimo Três Irmãos, pelo povoa<strong>do</strong> <strong>de</strong> Mandu (atual Pouso<br />
Alegre) e rio homônimo e seguia até o povoa<strong>do</strong> <strong>de</strong> Santana <strong>do</strong> Sapucaí (atual<br />
Silvianópolis). Dali, em direção nor<strong>de</strong>ste, transpunha-se o rio Sapucaí em local<br />
chama<strong>do</strong> passagem <strong>do</strong> Sapocaí (antiga grafia) chegan<strong>do</strong>-se a São Gonçalo e<br />
<strong>de</strong>pois à Campanha <strong>do</strong> Rio Ver<strong>de</strong>. De Campanha seguia-se novamente em<br />
direção nor<strong>de</strong>ste passan<strong>do</strong> pelos rios São Bento, Ver<strong>de</strong> (em local <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong><br />
Ponte <strong>do</strong> Rio Ver<strong>de</strong>), <strong>do</strong> Peixe, Angaí e Capivari, chegan<strong>do</strong>-se ao local<br />
<strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> Curralinho (não encontrada correspondência nos mapas atuais),<br />
<strong>de</strong> on<strong>de</strong> se encontrava com o caminho Velho na passagem <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong>.<br />
O caminho Velho foi pormenoriza<strong>do</strong> nos relatos <strong>de</strong> Antonil <strong>de</strong> 1711.<br />
No primeiro dia, sain<strong>do</strong> da vila <strong>de</strong> São Paulo, vão ordinariamente a pousar em<br />
Nossa Senhora da Penha, por ser (como eles dizem) o primeiro arranco <strong>de</strong> casa,<br />
e não são mais que duas léguas. Daí, vão à al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Itaquaquecetuba, caminho<br />
<strong>de</strong> um dia. Gastam, da dita al<strong>de</strong>ia, até a vila <strong>de</strong> Moji, <strong>do</strong>us dias. De Moji vão<br />
às Laranjeiras, caminhan<strong>do</strong> quatro ou cinco dias até o jantar. Das Laranjeiras<br />
até a vila <strong>de</strong> Jacareí, um dia, até as três horas. De Jacareí até a vila <strong>de</strong> Taubaté,<br />
<strong>do</strong>us dias até o jantar. De Taubaté a Pindamonhagaba, freguesia <strong>de</strong> Nossa<br />
Senhora da Conceição, dia e meio. De Pindamonhagaba até a vila <strong>de</strong><br />
Guaratinguetá, cinco ou seis dias até o jantar. De Guaratinguetá até o porto <strong>de</strong><br />
Guaipacaré, aon<strong>de</strong> ficam as roças <strong>de</strong> Bento Rodrigues, <strong>do</strong>us dias até o jantar.<br />
Destas roças até o pé da serra afamada <strong>de</strong> Amantiqueira, pelas cinco serras muito<br />
altas, que parecem os primeiros muros que o ouro tem no caminho para que não<br />
cheguem lá os mineiros, gastam-se três dias até o jantar. Daqui começam a passar<br />
o ribeiro que chamam Passavinte, porque vinte vezes se passa e se sobe às serras<br />
sobreditas, para passar as quais se <strong>de</strong>scarregam as cavalgaduras, pelos gran<strong>de</strong>s<br />
riscos <strong>do</strong>s <strong>de</strong>spenha<strong>de</strong>iros que se encontram, e assim gastam <strong>do</strong>us dias em passar<br />
com gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> estas serras, e daí se <strong>de</strong>scobrem muitas e aprazíveis<br />
árvores <strong>de</strong> pinhões, que a seu tempo dão abundância <strong>de</strong>les para o sustento <strong>do</strong>s<br />
mineiros, como também porcos monteses, araras e papagaios. Logo, passan<strong>do</strong><br />
outro ribeiro, que chamam Passatrinta, porque trinta e mais vezes se passa, se vai<br />
aos Pinheirinhos, lugar assim chama<strong>do</strong> por ser o princípio <strong>de</strong>les; e aqui há roças