14.04.2013 Views

VOL 2 – Arquitetura nas Fazendas do Sul de Minas ... - Monumenta

VOL 2 – Arquitetura nas Fazendas do Sul de Minas ... - Monumenta

VOL 2 – Arquitetura nas Fazendas do Sul de Minas ... - Monumenta

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Sobre esse lajão são apoia<strong>do</strong>s os pés-direitos a uma pequena distância <strong>de</strong><br />

uma peça a outra, conforme a disposição das portas e janelas. Tal técnica<br />

permitia que houvesse janelas <strong>–</strong> e portas <strong>–</strong> justapostas umas às outras, caso<br />

fosse a intenção. A peça da estrutura chamada <strong>de</strong> pé-direito tem seu nome<br />

<strong>de</strong>riva<strong>do</strong> <strong>do</strong> trecho <strong>de</strong> tronco <strong>de</strong> uma árvore mais ou menos reto, a que<br />

<strong>de</strong>nominavam “direito”. Esse trecho, também conheci<strong>do</strong> como fuste, vai <strong>do</strong><br />

chão até os primeiros galhos da árvore. Como o pé-direito das árvores era<br />

usa<strong>do</strong> como coluna, ten<strong>do</strong> o comprimento exato da distância <strong>do</strong> piso ao teto,<br />

essa altura passou a ser chamada no Brasil <strong>de</strong> pé-direito. Os pés-direitos vão <strong>do</strong><br />

baldrame ao frechal e, em ambas as extremida<strong>de</strong>s, são sambla<strong>do</strong>s às peças<br />

através <strong>de</strong> espigas. Constituem, ao mesmo tempo, apoios verticais da estrutura<br />

e ombreiras <strong>de</strong> portas e janelas, o que é possível graças aos entalhes feitos ao<br />

longo <strong>de</strong> sua seção, varian<strong>do</strong>-se a espessura conforme se queira.<br />

Os pés-direitos ou esteios que ficam nos cunhais das casas, por extensão,<br />

também são <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>s cunhais, e<br />

têm seção ligeiramente maior que a <strong>do</strong>s<br />

esteios <strong>–</strong> em média, 25 por 25<br />

centímetros. Essas peças recebem um<br />

pequeno corte ao longo <strong>de</strong> sua seção<br />

para que fiquem da espessura das<br />

pare<strong>de</strong>s. Encaixam-se, por meio <strong>de</strong><br />

espigas, aos baldrames na parte inferior<br />

e aos frechais na parte superior.<br />

T é c n i c a c o n st ru t iva<br />

Figura 21 - F. da Anta em ruí<strong>nas</strong>.<br />

Foto: CFC.<br />

Figura 22 - F. da Anta: barrotes<br />

simplesmente apoia<strong>do</strong>s na viga madre.<br />

Foto: CFC.<br />

Figura 23 - F. Sta. Clara: sambladura<br />

“rabo <strong>de</strong> an<strong>do</strong>rinha”. Foto: CFC.<br />

Figura 24 - O cunhal se encaixa ao<br />

baldrame através <strong>de</strong> uma espiga.<br />

Desenho: CFC.<br />

79

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!