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VOL 2 – Arquitetura nas Fazendas do Sul de Minas ... - Monumenta

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implanta<strong>do</strong> em <strong>de</strong>clive e coberto por um gran<strong>de</strong> telha<strong>do</strong> que acompanha a<br />

inclinação <strong>do</strong> terreno. Esse telha<strong>do</strong> é geralmente <strong>de</strong> quatro águas e uma das<br />

águas mestras se prolonga morro abaixo, como <strong>nas</strong> fazendas Santa Maria e<br />

Serra das Bicas. O engenho é necessariamente servi<strong>do</strong> por água para fazer tocar<br />

sua roda e moer a cana. Não necessariamente é fecha<strong>do</strong>, basta ser coberto. Não<br />

foram localiza<strong>do</strong>s muitos engenhos antigos em funcionamento; encontramos<br />

ape<strong>nas</strong> seus edifícios, muitas vezes ocupa<strong>do</strong>s por funções diversas.<br />

Outras construções cujos equipamentos usam a força motriz da água são o<br />

monjolo, a serraria e a casa <strong>de</strong> máqui<strong>nas</strong> <strong>de</strong> café, além <strong>de</strong> peque<strong>nas</strong> usi<strong>nas</strong> <strong>de</strong><br />

energia, que passaram a ser implantadas em algumas fazendas no fim <strong>do</strong> século<br />

XIX. O monjolo, na verda<strong>de</strong>, não é uma construção, mas um equipamento,<br />

uma espécie <strong>de</strong> pilão movi<strong>do</strong> a água. Seu funcionamento implica fazer subir<br />

uma pesada peça <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira até o limite da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu reservatório,<br />

<strong>de</strong>spejan<strong>do</strong> a água para fora e cain<strong>do</strong> sobre o produto que se preten<strong>de</strong><br />

processar, em geral o milho. Esse equipamento não é necessariamente fecha<strong>do</strong>,<br />

ape<strong>nas</strong> coberto; por extensão, seu edifício também é chama<strong>do</strong> monjolo.<br />

Além <strong>do</strong>s edifícios que abrigam equipamentos <strong>de</strong> fabrico, há também os<br />

que abrigam animais, como currais, retiros, bezerreiros, chiqueiros e<br />

galinheiros. Para a complementação <strong>do</strong>s serviços da cozinha, existem peque<strong>nas</strong><br />

construções que abrigam tachos, fornos ou fogões toscos para o serviço<br />

pesa<strong>do</strong>. Há, em muitos casos, o que chamamos <strong>de</strong> cozinha <strong>de</strong> fora; esta po<strong>de</strong><br />

ser uma construção separada ou estar incorporada ao volume da casa.<br />

S í t i o, i m p l a n ta ç ã o e c o n j u n t o a rquitetônico<br />

Figura 7 - Sequeiro <strong>de</strong> pedra em Portugal<br />

com pedras chatas <strong>nas</strong> cabeças <strong>do</strong>s pilares.<br />

Fonte: Amaral (1961).<br />

Figura 8 - Sequeiro <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira na<br />

Galícia. Os baldrames se cruzam em meia<br />

ma<strong>de</strong>ira e são arremata<strong>do</strong>s em peito <strong>de</strong><br />

pombo. Fonte: Flores (1973).<br />

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