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VOL 2 – Arquitetura nas Fazendas do Sul de Minas ... - Monumenta

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24<br />

Figura 16 - Mapa da Comarca <strong>do</strong> Rio das<br />

Mortes <strong>de</strong> 1809 com a divisão das<br />

freguesias e termos. Fonte: Costa (2004)<br />

p. 224.<br />

Figura 17 - Mapa da divisa entre as<br />

Capitanias <strong>de</strong> Goiás e Mi<strong>nas</strong> Gerais 1780<br />

(IEB-USP). Fonte: Costa (2004) p. 63.<br />

certa confusão <strong>nas</strong> nomenclaturas, porque<br />

em mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século XVIII foi aberto o<br />

caminho Novo <strong>de</strong> Pieda<strong>de</strong>, que ligava as<br />

cida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Vale <strong>do</strong> Paraíba à cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro por terra, tornan<strong>do</strong> <strong>de</strong>snecessário<br />

<strong>de</strong>scer até Parati e concluir o caminho por<br />

via marítima. Este não <strong>de</strong>ve ser confundi<strong>do</strong><br />

com o caminho Novo <strong>de</strong> Garcia Pais. Com<br />

base nessas informações, <strong>de</strong>senhamos um<br />

panorama geral <strong>do</strong>s principais caminhos que<br />

cruzavam a comarca <strong>do</strong> Rio das Mortes.<br />

Durante o perío<strong>do</strong> colonial, a política<br />

administrativa <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> visava ao controle<br />

das mi<strong>nas</strong> e, por isso, coibia-se a abertura <strong>de</strong><br />

novos caminhos, o que facilitava o controle e<br />

a cobrança <strong>de</strong> impostos e evitava a fuga <strong>de</strong><br />

riquezas. Assim foram estabeleci<strong>do</strong>s, ao<br />

re<strong>do</strong>r das mi<strong>nas</strong>, postos <strong>de</strong> controle <strong>do</strong> fisco,<br />

os chama<strong>do</strong>s registros. Nas divisas <strong>do</strong><br />

território da comarca <strong>do</strong> Rio das Mortes<br />

com a capitania <strong>de</strong> São Paulo,<br />

estabeleceram-se os registros da Mantiqueira, <strong>de</strong> Jaguari, <strong>de</strong> Tole<strong>do</strong> e <strong>de</strong> Caldas.<br />

A postura <strong>de</strong> controle e coibição iria se reverter após 1808, com a vinda da<br />

família real para o Rio <strong>de</strong> Janeiro. Ao invés <strong>de</strong> coibir, o Esta<strong>do</strong> passa então a<br />

incentivar a abertura <strong>de</strong> novos caminhos, a fim <strong>de</strong> facilitar o escoamento da<br />

produção para abastecimento da corte. São <strong>de</strong>ssa época a estrada <strong>do</strong> Comércio<br />

e a estrada da Polícia que, passan<strong>do</strong> pelo Vale <strong>do</strong> Paraíba fluminense e mineiro,<br />

acabavam por ligar a região <strong>de</strong> São João <strong>de</strong>l-Rei ao caminho Novo, o que<br />

encurtava em muitos dias o tempo <strong>de</strong> viagem ao Rio <strong>de</strong> Janeiro. Da terceira<br />

década <strong>do</strong> século XIX é a estrada <strong>do</strong> Picu, esta propriamente em território<br />

sul-mineiro. Ligan<strong>do</strong> a região <strong>de</strong> Baependi/Aiuruoca ao Vale <strong>do</strong> Paraíba, num<br />

ponto abaixo <strong>de</strong> Areias, mais próximo ao Rio <strong>de</strong> Janeiro, servia como<br />

alternativa mais curta ao caminho Velho. Essa estrada foi aberta por<br />

proprietários <strong>de</strong> Baependi, Campanha e Pouso Alegre em 1822, encurtan<strong>do</strong><br />

em cinco dias o caminho para a corte.

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