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VOL 2 – Arquitetura nas Fazendas do Sul de Minas ... - Monumenta

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Figura 35 - Formas <strong>de</strong> telhas. Fonte:<br />

acervo Museu <strong>de</strong> Artes e Ofícios (MAO)<br />

<strong>de</strong> Belo Horizonte.<br />

Figuras 36 e 37 - Encontro da tacaniça<br />

com os frechais. Repare sambladura tipo<br />

“boca <strong>de</strong> lobo” em três dimensões. No<br />

<strong>de</strong>talhe: “cruz <strong>de</strong> santo André” apoian<strong>do</strong> a<br />

tacaniça. Desenhos: CFC.<br />

Figura 38 - F. da Anta: pau da tacaniça<br />

sambla<strong>do</strong> à boca <strong>de</strong> lobo. Foto: CFC.<br />

Sobre a gaiola, um gran<strong>de</strong> telha<strong>do</strong> <strong>de</strong> telhas <strong>de</strong> barro cobre a casa. Sua<br />

estrutura <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira é in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da estrutura da casa: o telha<strong>do</strong><br />

simplesmente se apoia na gaiola <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. A estrutura <strong>do</strong> telha<strong>do</strong> é composta<br />

por duas peças verticais <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira apoiadas sobre a malha <strong>de</strong> frechais. Essas<br />

colu<strong>nas</strong>, sambladas a “boca <strong>de</strong> lobo”, sustentam a cimeira <strong>–</strong> peça horizontal<br />

que faz a cumeeira <strong>–</strong> sempre posta na diagonal, a 45 graus. Da cimeira partem<br />

as tacaniças que se lançam sobre o cruzamento <strong>do</strong>s frechais, acima <strong>do</strong>s cunhais.<br />

Os caibros, por sua vez, têm uma extremida<strong>de</strong> apoiada sobre a cimeira ou sobre<br />

as tacaniças, e outra apoiada nos frechais das pare<strong>de</strong>s exter<strong>nas</strong>, sambla<strong>do</strong>s a<br />

estes à “boca <strong>de</strong> lobo”. Sobre os caibros, apoiam-se as ripas e, sobre elas, as<br />

telhas. Em geral fabricadas na própria fazenda, as telhas eram feitas <strong>de</strong> barro,<br />

usan<strong>do</strong>-se fôrmas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira para sua moldagem, e não coxas huma<strong>nas</strong>. No<br />

Museu <strong>de</strong> Artes e Ofícios <strong>de</strong> Belo Horizonte existem algumas <strong>de</strong>ssas fôrmas.<br />

Como as casas são na maioria das vezes em L, forma<strong>do</strong> a partir <strong>do</strong> encontro<br />

<strong>de</strong> <strong>do</strong>is retângulos, cada retângulo é coberto por um telha<strong>do</strong> <strong>de</strong> telhas<br />

capa-e-canal, sempre <strong>de</strong> quatro águas. A junção entre os telha<strong>do</strong>s é feita por um<br />

rincão ou água furtada, que junta as águas provenientes <strong>de</strong> <strong>do</strong>is panos <strong>de</strong><br />

telha<strong>do</strong>. O rincão era composto por gran<strong>de</strong>s calhas <strong>de</strong> barro, colocadas por<br />

baixo das telhas. Essas calhas são como os canais <strong>do</strong> telha<strong>do</strong> <strong>de</strong> capa-e-canal, só<br />

que com maiores dimensões. Hoje em dia, o rincão foi substituí<strong>do</strong> por chapas<br />

metálicas, mas na fazenda Pitangueiras em SãoVicente <strong>de</strong> Mi<strong>nas</strong> (p. 148) foram<br />

encontradas peças com aproximadamente um metro <strong>de</strong> comprimento em cima

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