15.04.2013 Views

Ensaio sobre o Sacrifício - WESLEY CARVALHO

Ensaio sobre o Sacrifício - WESLEY CARVALHO

Ensaio sobre o Sacrifício - WESLEY CARVALHO

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

116<br />

33 Por exemplo, para obter um filho, vida longa (Hillebrandt 1897: §58,<br />

66). Esses sacrifícios são extremamente numerosos, e mesmo mais<br />

numerosos do que nos mostram os textos publicados.<br />

34 O princípio é tão rigoroso que se expõe o ritual do sacrifício antes do<br />

ritual do estabelecimento do altar (idem: §59).<br />

3S Idem: §66.<br />

36 Traduzimos assim a palavra soma, do composto somayajna, como um<br />

nome comum. O termo é intraduzivel, pois soma designa ao mesmo<br />

tempo a planta vitima, o deus que produz o sacr!ficio e o deus sacrificado.<br />

Feita essa ressalva, optamos.<br />

37 De faro, o soma só pode ser sacrificado no momento em que está em<br />

flor, na primavera (cf. Açvaláyana soma prayo8a, in Mss.Wilson 453, Boley,<br />

Oxf. f. 137.).<br />

38 Com efeito, há a maior analogia possivel entre o ritual do sacrifício<br />

do animal aAgni e Soma (Ap.çr.sú. VII) e o ritual atarvânico da morte<br />

da vaçá (vaca estéril) (Kauç.sú. 44-45). Do mesmo modo, no ritual<br />

doméstico os diversos sacrifícios animais, inclusive o do touro expia­<br />

tório (comentado mais adiante), são tão análogos que puderam uns<br />

ou outros, segundo as escolas, servir de tema fundamental à descri­<br />

ção (Hillebrandt 1897: §44).<br />

39 Deuteronômio XII, 6, I I, 27 (cf. Levitico XVII, 8; Juizes xx, 26) e II<br />

Samuel VI, 17 etc. mencionam apenas a ôlâ e o zebah ou shelamin. A<br />

questão de saber se essas passagens se relacionam a rituais anteriores<br />

ou paralelos não tem importância para o objeto específico de nos­<br />

so trabalho. Sobre a teoria segundo a qual os sacrificios expiatórios<br />

só foram introduzidos tardiamente no ritual hebraico, cf. Benzinger<br />

1894: 441, 447-ss. A passagem I Samuel III, 14 é muito vaga para que<br />

se possa concluir contra a existência do hattât. Em todo caso, é im­<br />

possivel admitir que os sacrifícios expiatórios sejam transformações<br />

da multa pecuniária.<br />

40 Levitico IV, 2.<br />

41 Shelamin = zebah shelamin. Sobre a equivalência dos zebahim e do zebah<br />

shelamin, cf. Benzinger 1894: I3S.<br />

42 Na tradução da palavra ôlâ seguimos a interpretação tradicional fun-<br />

dada na expressão biblica "ele fez subir a ôlâ [a subida)" (cf. Clermont­<br />

Ganneau 1898: 599; <strong>sobre</strong> o àvon e sua expiação, ver Halévy 1898:<br />

49). Um outro tipo de pecado cuja expiação o ritual previu, o asham<br />

(Levltico v), não parece ter dado ensejo a uma forma especial de<br />

sacrificio. O sacrifício que o expia é às vezes designado pelo nome de<br />

asham, mas segundo o Levitico (v) a cerimônia expiatória se compõe<br />

de hattât e de ôlâ. O Levitico (VII, 2-7) identifica o hattât e o asham (cf.<br />

Numeras v, 9-SS). Mas Ezequiel (XL, 39; XLII, 13; XLVI,20) distingue<br />

formalmente os dois sacrifícios.<br />

43 A inscrição de Marselha (C.I.S. I, 165) apresenta uma redução análo­<br />

ga dos diversos sacrifícios a três sacrificios-tipos: o kalil, que equivale<br />

à ôlâ hebraica; o sauat, sacrificium laudis ou orationis, que equivale ao<br />

shelamin; e o shelem-kalil. A linha I I menciona apenas dois sacrifí­<br />

cios particulares, o shas'!fe o hasut (C.1.S. I, 233). Deve o shelem-ka­<br />

lil ser considerado uma justaposição de sacrifícios? (Barton 1894:<br />

lxvii-lxix). A inscrição 167 (Cartago) distingue apenas Kelilim e Sauat<br />

(Clermont-Ganneau 1898: 597-99).<br />

44 Êxodo XXIX;Levitico VIII.<br />

45 Levitico XII, 6.<br />

46 Levitico XIV(cot~jar Levltico XIV,7 com Êxodo XXIV,20).<br />

47 Os sacrifícios gregos deixam-se dividir bastante facilmente em co­<br />

muniais e expiatórios e em sacrificios aos deuses infernais e aos deu­<br />

ses do céu. Eles são classificados desse modo em Stengel 1898, mas<br />

essa classificação só é aparentemente acertada.<br />

48 Levitico IV; VII, 14; IX, 2I etc.<br />

49 Levitico x, 16.<br />

50 Ezequiel XLIII, I9-ss; XLV,19 (cf. a purificação do leproso: Levitico<br />

XIV,7).<br />

51 Êxodo XXIX,20.<br />

2. O ESQUEMA DO SACRIFícIO<br />

52 O princípio da entrada no sacrifício é constante no ritual. Ele é no­<br />

tavelmente expresso no sacrifício do soma, no qual a prâyaniyesti, o<br />

li]

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!