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Ensaio sobre o Sacrifício - WESLEY CARVALHO

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antigo, e os hinos do Ria Veda a Rudra (v, 43; I, 114; 11,33; VII, 46)<br />

são, tanto pelos sutras quanto por Sôy., consagrados a esse rito, ao<br />

qual se aplicam de maneira significativa.<br />

336 Sobre Rudra, ver Oldenberg 1894a: 2I 6- 224, 283 -ss, 333 -ss; Ber­<br />

gaigne 1878-83, I1I: 3I-SS, 152-5"4; Lévi 1898: 167 (Ait.Br. 13,9, I).<br />

E-nos impossível expor aqui as razões de nossa explicação da personalidade<br />

mítica de Rudra.<br />

337 E o ponto <strong>sobre</strong> o qual todas as escolas estão de acordo: fazem-no<br />

cheirar oferendas (cf. Oldenberg I894a: 82 e a maneira como se faz<br />

o cavalo divinizado do açvamedhâ aspirar as oferendas: Kôt.çr.sú. 14, 3,<br />

Ia), chamam-no com toda a série dos nomes de Rudra - "Om [sílaba<br />

mágica] a Bhava, om a Çarva etc." (A. v. IV, 28) - e recitam-se os textos<br />

a Rudra: Taitt.S. 4, 5", I -ss. Ver Mantrapâtha d'Apastamba, ed. Winter­<br />

nitz, 11:18, IO-SS.<br />

33 8 Segundo o Pôraskâra-grihya-sútra.<br />

339 Nada se pode levar do animal à aldeia "porque o deus busca matar os<br />

homens". Os parentes não podiam se aproximar do local do sacrifício<br />

nem comer a carne da vítima sem autorização e convite especial (Açv.<br />

çr.sú. 4, 8, 3 I e 33; Oldenberg, in S.B.E. XXIX:25"8).<br />

Para a simplicidade da exposição, subentendemos que a mesma coisa<br />

pode se repetir em toda parte, nos mesmos termos dos objetos.<br />

Levítico XIV, IO-SS.<br />

Números VI, I3-ss; Ta1mudJTraité Nazir (Schwab, t. IX: 84ss).<br />

Ta1mud Nazir I, 2. O nâzir oferece o mesmo sacrifício quando diminui<br />

sua comprida cabeleira.<br />

Idem, 11,10.<br />

Idem, VI, 7 e 8; Números VI, 18.<br />

Números VI, 19.<br />

Para alguns fatos etnográficos, ver Frazer 1890, 11:62-SS. Seria fácil<br />

estender o número de fatos citados. Frazer notou com razão que a<br />

maior parte das oferendas de primeiros frutos consiste na consagra­<br />

ção de uma parte da espécie comestível, que representa o todo. Mas<br />

sua análise, de resto mantida no terreno dos fatos, não explica a fun­<br />

ção do rito.<br />

348 Essa parte geralmente é a primeira de toda a coisa. Sabe-se a exten­<br />

são das prescrições bíblicas relativas aos primogênitos dos homens e<br />

dos animais, aos primeiros frutos e cereais do ano, aos primeiros pro­<br />

dutos de uma árvore (àrlah), ao primeiro trigo consumido (dzimos),<br />

à primeira massa fermentada (halla). De tudo o que vive e faz viver,<br />

as primícias pertencem a Javé. As bênçãos talmúdicas e sinagogais<br />

também acentuam esse tema, pois são obrigatórias quando se prova<br />

pela primeira vez um fruto, quando se começa a refeição etc.<br />

349 Ta1m.J Biccourim, III. Mischnâ, 2-SS.Não se pode evidentemente seguir<br />

o rito a partir dos textos bíblicos, que contêm apenas as prescrições<br />

sacerdotais e não os costumes populares. O caráter popular de todo<br />

esse rito é evidente: esse tocador de flauta, esse boi coroado de oli­<br />

veira, de chifres dourados (que um cabrito de chifres prateados podia<br />

substituir, cf. Gem. ad loc.), esses cestos, essas pombas, tudo isso são<br />

traços originais, de uma antigüidade incontestável. Aliás, os textos da<br />

Mischnâ são eles próprios muito antigos.<br />

35"0 Eles se reuniam na véspera e passavam a noite na praça pública (por<br />

temor de contato impuro, segundo a Gemara).<br />

35"1 Gem. 2. Os rabinos discutem para saber se era como she1amin ou como<br />

ô1ô.<br />

352 Rito de remissão pessoal, caso bastante notável.<br />

35"3 Cf. Menôho1, in Ta1m. Babli, 5"8a (nota de Schwab ad 10c.).<br />

35"4 Números XIX.<br />

35"5" Ver mais acima.<br />

35"6 Ritual do Kipur.<br />

35"7 Ta1m.J Maaser Sheni, VI, Gem. (ver Schwab, p. 247). cf. Mischnâ in<br />

Middoth, citado.<br />

4. COMQ O ESQUEMA VARIA SEGUNDO AS FUNÇÕES<br />

ESPECIAIS DO SACRIFícIO<br />

35"8 Sabe-se que é um tema fundamental dos Profetas e dos Salmos essa<br />

"morte" em que é mergulhado o fiel antes do retorno de Javé. Cf. Eze­<br />

quiel XXXVII,2; Jó XXXIII,28, e comentário in Ta1m.J Baba qamma VII,<br />

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