A felicidade existe - Racionalismo Cristão
A felicidade existe - Racionalismo Cristão
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Os valores de qualquer ordem, desde que de cunho material, perdem a sua grandeza diante<br />
do capital humano, representado pela alma ou espírito, que é o valor máximo da natureza.<br />
O capital humano deve, pois, ser tratado com o maior desvelo, com a mais profunda<br />
dedicação, com um cuidado total.<br />
As obras meritórias, os serviços de filantropia, os esforços para a recuperação do homem,<br />
visam proteger, resguardar esse imenso valor constituído pelo capital humano.<br />
As guerras representam o maior flagelo da humanidade, porque o que elas destroem de mais<br />
precioso é o homem.<br />
Uma nação floresce, civiliza-se, enriquece o seu patrimônio científico, impõe-se pela<br />
literatura e pelas artes, na medida do valor dos seus filhos. Estes podem representar maior ou menor<br />
riqueza na sua constituição, conforme o trato que se lhes der em particular, porque é com a sua<br />
união que se forma aquele capital.<br />
Se todos os indivíduos forem tratados com a mesma dedicação e puderem usufruir idênticas<br />
regalias, os componentes de uma nação atingirão os mais altos níveis de desenvolvimento.<br />
Para se dar substância real ao capital humano, nada é mais necessário do que fortalecer o<br />
indivíduo, instruindo-o, preservando a sua saúde, alimentando-o racionalmente e imprimindo em<br />
sua vida os ditames da moral.<br />
É preciso fazer prevalecer na comunidade o espiritualismo como ponto básico, fundamental,<br />
para o arejamento e higienização das mentes e a boa formação moral dos seres encarnados.<br />
Observada a disciplina espiritualista, as demais regras humanas, superiorizadas, se<br />
sucederão na prática, emanadas dessa fonte inesgotável de princípios elevados, salutares e justos.<br />
É preciso enveredar pelo caminho da espiritualidade para sanear o modo de viver.<br />
A valorização do homem é reconhecida pela demonstração do seu caráter, da sua<br />
honestidade, da sua operosidade, iniciativa, capacidade produtiva, inteligência cultivada e<br />
benignidade. O capital humano é formado da soma dos valores dos seres conscientes, capazes, e<br />
quanto maior for o número deles tanto mais grandiosa será a sua importância. Sendo a maior<br />
riqueza de uma nação, o capital humano deve ser desenvolvido ao máximo, criando-se meios para a<br />
sua consumação.<br />
Todo esforço, todo dispêndio empregado no apuramento do potencial humano não é demais,<br />
pois a riqueza que ele desenvolverá é incalculável.<br />
Cada nação, enquanto todas elas não tiverem um só governo para uni-las fraternalmente,<br />
como seria o ideal, precisa possuir, para maior êxito das suas administrações, um critério<br />
rigidamente consolidado no princípio da valorização do homem.<br />
As nações que melhor levarem a efeito a arte de retirar do homem o máximo da sua<br />
capacidade útil, fornecendo-lhe o correspondente incentivo, o preparo mental e espiritual, estarão<br />
contribuindo, poderosamente, para a conquista dos mais elevados objetivos da vida. As várias<br />
formas político-doutrinárias que orientam os povos ressentem-se de falhas que não as deixam<br />
alcançar aquele padrão de vida a que o ser humano aspira e não sabe como encontrar.<br />
O regime democrático, com a sua liberalidade sublime e a generosa liberdade que oferece,<br />
não se torna ideal sem o concurso da espiritualidade.<br />
É no regime da democracia que proliferam, à sombra da liberdade, os gananciosos, os<br />
tubarões da economia popular, os aventureiros dos lucros fáceis, os usurpadores, os agenciadores