A felicidade existe - Racionalismo Cristão
A felicidade existe - Racionalismo Cristão
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Por aí se vê a grande responsabilidade que há no desempenho da missão materna, por ser ela<br />
considerada como a mais elevada do setor terreno. A mãe, no verdadeiro sentido, é digna de<br />
respeito e admiração, devendo sempre merecer do homem a mais completa demonstração de<br />
cortesia, amparo, defesa e superior acolhimento.<br />
Precisa, pois, a mulher procurar tornar-se uma verdadeira mãe, centro das atenções dos<br />
demais seres humanos, que bem procedem se procurarem incutir no ânimo dos adolescentes essa<br />
concepção relevante do amor filial.<br />
As mães se sentirão encorajadas na sua áspera missão com o respeito que lhes for tributado<br />
por todos, sem exceção. E precisam desse encorajamento para poderem vencer os momentos de<br />
desânimo a que estão sujeitas, com o rigor das provas por que têm de passar.<br />
A ação das mães não é restrita, apenas, a esculturar a peça moral dos filhos; esse trabalho se<br />
multiplica através dos seus descendentes e se espalha no raio de ação dos mesmos. Depois de deixar<br />
o mundo físico, os acordes instrutivos da verdadeira mãe continuarão ressoando pelos novos<br />
rebentos, que saberão entoar, com entusiasmo e gratidão, o alto padrão moral daquela que tão bem<br />
serviu na Terra.<br />
As mães, sem o saberem, têm nas mãos a chave da remodelação do mundo. Não podem<br />
fazer, no entanto, essa operação numa só encarnação, mas com o correr delas. Cumpre reconhecer<br />
que, conquanto as crianças não possam ser, de repente, transformadas em virtuoas, quando trazem,<br />
de outras encarnações, uma soma mais ou menos considerável de falhas e imperfeições, poderão, no<br />
entanto, ser amoldadas para melhor, com o esforço e o sacrifício das verdadeiras mães.<br />
Mesmo que se considere que a maioria das mães também é vítima da falta de preparo das<br />
suas genitoras, forçoso é concordar, até mesmo por uma questão de lógica, que, com uma<br />
orientação cristã segura, o trabalho de remodelação se processa, regularmente, e com o maior êxito,<br />
de encarnação em encarnação.<br />
A moral cristã estabelece princípios que não deixam margem a deturpações no modo de<br />
viver. Ela repudia a leviandade em atos e palavras, condena a ociosidade, repele a maledicência, o<br />
desrespeito e a desonra; por outro lado, cultiva e estimula o amor fraterno, a consciência dos<br />
deveres, a humildade, a disciplina, o caráter e a probidade.<br />
Por esta análise, conduz-se o raciocínio à única conclusão segura e certa de que o<br />
cristianismo puro e verdadeiro precisa entrar no âmago dos lares, para que as mães possam fazer de<br />
seus filhos os homens de que o mundo carece — maridos ideais, honrados administradores, pais<br />
exemplares, impolutos educadores.<br />
Assim é que o homem, preso aos salutares ensinos da sua prestimosa genitora, há de<br />
procurar respeitá-los para satisfação íntima, em obediência à sua própria consciência e em<br />
homenagem àquela que nele soube fazer vibrar as cordas uníssonas da espiritualidade.<br />
No lar, a mãe tem a principal função educativa de preparar os filhos para o futuro; o homem,<br />
em trabalho fora de casa, tem menor contato com a prole e se encontra menos apto a participar da<br />
ação educadora. No entanto, cabe-lhe também auxiliar, tanto quanto possível, a companheira na<br />
espinhosa tarefa.<br />
Esta compreensão precisa ser avivada em todos os espíritos, para que os resultados<br />
comecem a aparecer. Não só as meninas têm que ser preparadas para se tornarem verdadeiras mães,<br />
mas os meninos, de índole mais difícil de domar, devem encontrar mão forte, ação esclarecedora,<br />
aconchego fraterno dentro do lar, amizade e interesse, além de solidária participação em todos os<br />
seus problemas, que terão de ser encarados com naturalidade, carinho e confiança.