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A felicidade existe - Racionalismo Cristão

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ecôndito da agitação tumultuosa, na voragem que consome ou subverte os recursos morais em<br />

meio do lodo das misérias humanas, ou seja, no desprezo aos deveres espirituais. Por entre essas<br />

degenerescências humanas, desenvolve-se sinuosa, ampla, iluminada, a estrada da <strong>felicidade</strong>.<br />

É, porém, preciso encontrá-la, saber como descobri-la. Não é cultuando o materialismo<br />

escravizador que se há de chegar a desvendá-la. Ela está no interior de cada um, perfeita, intacta,<br />

pronta a servir de acesso aos mais altos cumes da gloriosa jornada.<br />

A <strong>felicidade</strong> começa a ser sentida com a descoberta do seu caminho e vai-se revelando,<br />

ampliando, intensificando à medida que se for seguindo para a frente, na sua direção, com<br />

segurança, perseverantemente, cada vez mais consciente pela capacidade interna de realização dos<br />

valores espirituais.<br />

A chave que abre o portal que conduz ao caminho da <strong>felicidade</strong> e <strong>existe</strong> no âmago de cada<br />

ser, indistintamente, é o espiritualismo, compreendido na sua expressão excelsa e pura.<br />

As Normas Racionalistas Cristãs, postas em prática no cotidiano, com conhecimento de<br />

causa, induzem o indivíduo a encontrar a sua <strong>felicidade</strong>, primeiramente porque não dá valor<br />

exagerado às vantagens terrenas e, em segundo lugar, porque sabe extrair de dentro de si um paraíso<br />

para a sua vivência, com o lapidar recurso das suas eternas e indestrutíveis riquezas entesouradas na<br />

alma, desde os primórdios.<br />

É indispensável que se faça bom uso dos dons espirituais, para que eles se revelem cada vez<br />

de maneira mais límpida, translúcida e operante, no sentido harmônico da vida.<br />

A <strong>felicidade</strong> é um estado emocional de alegria e conforto moral, que vibra com a<br />

consecução do bem; é produto de condições inatas, que se apuram, sempre, com o exercício dos<br />

preceitos da espiritualidade.<br />

Todos são mais ou menos responsáveis pela carência de <strong>felicidade</strong>, visto como estando ela<br />

ao alcance de qualquer um, deixa-se de lado a aplicação dos meios com que desfrutá-la, preferindose<br />

dar vazão a pensamentos e sentimentos que redundam em prejuízo daquele alto propósito.<br />

A serenidade, a confiança em si, o equilíbrio na palavra e na ação, a compostura, a<br />

generosidade, o respeito à dignidade humana, a disciplina educativa, o comedimento, a discrição, a<br />

consciência do dever, a probidade, a atenção no trato, a prática do bom humor, são atributos<br />

cultiváveis, atributos inatos do espírito, que, sendo revelados, atestam <strong>felicidade</strong>.<br />

Quem possuir, despertas, tais faculdades entra, realmente, no caminho da <strong>felicidade</strong>, e dele<br />

não se afastará jamais, porque sabe que encontrou o tesouro da vida que “a traça não corrói nem a<br />

ferrugem consome”, no dizer do Mestre Nazareno.<br />

Só não crêem na existência da <strong>felicidade</strong> aqueles que se encontram mergulhados nas águas<br />

profundas da incompreensão, em decorrência da própria vontade mal orientada, quando procuram<br />

satisfazer-se, apenas, com os atrativos efêmeros e perecíveis da matéria.<br />

Aproveitem da vida terrena os motivos agradáveis que dela possam colher, desde que tais<br />

motivos não sejam os que atentem contra a moral cristã, e não se descuidem, por um só instante, de<br />

satisfazer o espírito das ansiedades superiores que ele externa, através da voz sensível da<br />

consciência, no desejo de progredir na escala espiritual.<br />

Nenhum entrave deve atormentar a consciência dos seres no desempenho da missão que têm<br />

de servir ao Todo. Afastar a in<strong>felicidade</strong> de um lado e atrair a <strong>felicidade</strong> de outro, serão as maneiras<br />

certas que devem adotar no curso da trajetória terrena. Tal proceder depende da vontade própria do<br />

ser, da sua disposição, da sua compreensão. É essa compreensão que se procura reavivar nesta obra,<br />

por ser fundamental para o encontro da <strong>felicidade</strong>. Ela <strong>existe</strong> para aqueles que norteiam a sua vida

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