A felicidade existe - Racionalismo Cristão
A felicidade existe - Racionalismo Cristão
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prevalecesse nos entendimentos, diante dos quais teriam de curvar-se os responsáveis por elas. A<br />
razão, como a verdade espiritual, é uma só, e não pode pertencer a dois partidos antagônicos.<br />
Quando se tem a razão como cúpula, debaixo dela se acomodam, cordial e harmoniosamente, todas<br />
as almas verdadeiramente esclarecidas.<br />
É a falta de cristianismo, a ausência de espiritualidade, que têm conduzido os indivíduos e,<br />
conseqüentemente, as nações ao caos, ao infortúnio e ao flagelo da destruição. A razão é substância<br />
espiritual, é atributo da Inteligência Universal e, por isso, se reflete na estrutura espiritualista com o<br />
vigor da sua pujante essência.<br />
Cuide-se, pois, diligentemente da razão em todas as circunstâncias da vida terrena, pelo<br />
mérito da sua qualificação, por questão de formação moral e por desejar-se contribuir para a<br />
elevação espiritual do conjunto humano.<br />
A razão inclui-se, com outras modalidades de cunho cristão, nas normas espiritualistas, onde<br />
tem posição de destaque na apuração dos valores morais. A estrutura do espírito recebe, com o<br />
reforço do exercício da razão, maior fortalecimento e melhores disposições para o trabalho nas<br />
atividades superiores.<br />
A razão é, assim, integrada no domínio do espírito, uma faculdade de elevação aos planos<br />
transcendentes da espiritualidade, onde ela se reúne aos gerais atributos da Força Criadora.<br />
Constância<br />
A constância é uma virtude indispensável a qualquer realização. Ela se sobrepõe às<br />
dificuldades e é fator decisivo das vitórias. A constância marcha ao lado da convicção. Assim, quem<br />
é constante é convicto, sabe para onde vai e o que quer.<br />
Ao contrário do volúvel, que é um indeciso, um incoerente, podendo chegar a ser leviano, o<br />
constante é compenetrado, seguro e conseqüente.<br />
É preciso haver constância nos estudos, no cumprimento dos deveres, na pontualidade, na<br />
afetividade, nas tarefas de levar por diante os bons cometimentos.<br />
A constância é baseada no raciocínio e no critério, e surge como medida sensata e<br />
equilibrada. É pela constância que as obras de repercussão futura são mantidas e animadas. Não<br />
fosse pela constância, o <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong> não permaneceria, persistentemente, incutindo a luz<br />
da verdade em espíritos renitentes uns, retardatários outros, em assuntos espirituais.<br />
O ser constante é paciente e tolerante, não se alterando diante da indiferença ou do descaso,<br />
por ter o seu caminho traçado, seguindo por ele. Pouco importa o vozerio do mundo insensato e<br />
imprudente, se o espírito constante, apoiado em madura compreensão, não se deixar levar pelas<br />
dissonâncias do ambiente.<br />
Obras que não se concluem recebem o golpe da inconstância e deixam entrar em cena o<br />
enfraquecimento, a desunião, a falta de compreensão. O memorável exemplo de Jesus é um hino de<br />
glória à constância, pois ninguém o demoveu do seu propósito de predicar em favor da sua<br />
Doutrina, embora soubesse, de antemão, a que extremos o levaria a sua constância.<br />
Os grandes Luiz de Mattos e Luiz Thomaz foram outras duas figuras inflexíveis na<br />
constância de levar a bom termo, na Terra, a implantação da doutrina racionalista cristã. As<br />
dificuldades e os sacrifícios que tiveram de enfrentar foram muitos, mas, como espíritos de alta<br />
classe, não se desapegaram da constância triunfante.