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A felicidade existe - Racionalismo Cristão

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que aspirem, porque as transformações são paulatinas e levam, em certos casos, algumas etapas ou<br />

existências para se operarem radicalmente.<br />

O importante, porém, é que em cada encarnação se faça o máximo em favor do faltoso em<br />

potencial, para que as suas tendências de má índole sejam substituídas pelas boas ações, pelos bons<br />

pensamentos, pelo sentimento de fraternidade.<br />

Nas brigas entre irmãos, já se pode, quando ainda pequenos, analisar as suas tendências,<br />

observando como cada um encara o problema, que dose de egoísmo ou de vaidade está<br />

influenciando a discussão. A razão pode estar dos dois lados, ou num deles, ou em nenhum dos<br />

dois. É preciso que pessoa de maior entendimento esclareça o assunto, destruindo ressentimentos,<br />

evitando ofensas e fazendo prevalecer o espírito desportivo de franca camaradagem.<br />

As crianças precisam aprender que, acima dos socos e pontapés, dispõe o homem de<br />

inteligência, lógica, capacidade de argumentação racional, com que se resolvem todos os<br />

problemas. A arma superior é a razão. Ela precisa ser descoberta com o raciocínio bem trabalhado,<br />

e do lado em que estiver, estará a solução do problema, o ganho de causa, a justiça que todos<br />

precisam respeitar. Bom será que os adolescentes aprendam que nada se deve procurar resolver pela<br />

violência, pela força bruta, pois estas asseguram uma vitória apenas passageira que traz, quase<br />

sempre, uma série de outros agravos de difícil solução.<br />

A falta dessa compreensão na juventude faz com que surjam adultos déspotas, briguentos,<br />

intolerantes, violentos, dispostos a resolver as menores divergências por processos físicos da mais<br />

recriminatória atuação.<br />

Há pais inconscientes que insuflam os seus filhos a resolver as suas pendências na rua,<br />

recomendando-lhes que não tragam desaforo para casa; os valentões, então, se ufanam disso. Todas<br />

as pelejas musculares, agressivas, insolentes provocam ódio e malquerença, e isso é uma<br />

inferioridade de sentimento difícil de anular.<br />

A falta de contenção dos impulsos que conduzem às vias de fato generaliza esses desfechos<br />

de luta física, de esforço, de desagravo e de vingança. Os agressores devem ser contidos à força,<br />

como se estivessem dominados pela loucura, o que na realidade se dá, porque se encontram,<br />

naquele momento, debaixo da ação de espíritos obsessores e precisam então ser tratados,<br />

humanamente, como perturbados, com energia, sem se deixar enredar pelas maléficas correntes que<br />

envolvem os que estiverem operando em seu favor.<br />

As guerras são provocadas e alimentadas por indivíduos que, quando crianças, resolveram as<br />

suas contendas a murros e não tiveram nenhum preparo espiritual feito no sentido de eliminar<br />

antagonismos à luz da razão, do bom senso, do raciocínio e com sentimento cristão. O indivíduo se<br />

superioriza não fazendo uso da força física para castigar, como fazem os verdugos. Toda ação que<br />

fomentar o sentimento de ódio é anticristã e, portanto, condenável.<br />

Não é preciso discutir acaloradamente, quando desse calor saem muitas vezes termos<br />

impensados e palavras ofensivas. A opinião alheia deve ser respeitada, e ninguém tem o direito de<br />

querer impor a outrem o seu ponto de vista. A educação deverá estar voltada sempre para o lado do<br />

acatamento, da consideração e da fraternidade.<br />

A educação cristã não dispensa, de forma alguma, o procedimento pacífico e afável, as<br />

atitudes nobres e dignas e a ação consciente e controlada. O Nazareno nunca ofereceu a menor<br />

reação física contra os que o apedrejaram. Por meios pacíficos, Gandhi levou a Índia à sua aspirada<br />

independência. O grande Duque de Caxias tornou-se o maior dos generais brasileiros por sua índole<br />

de apaziguador.

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