18.04.2013 Views

A felicidade existe - Racionalismo Cristão

A felicidade existe - Racionalismo Cristão

A felicidade existe - Racionalismo Cristão

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Não há duas unidades exatamente iguais no mundo, assim como nem dois modos iguais de<br />

sentir os fatos. Cada qual tem as suas experiências próprias e são elas que estabelecem as cores de<br />

cada cenário, o qual varia de criatura para criatura.<br />

As idéias devem ser lealmente apresentadas com lógica, base e respeito ao pensamento<br />

alheio, e as concepções diferentes dos demais nem por isso deverão ferir o conceito da amizade.<br />

Pelo princípio da liberdade, tão disputado no gênero humano, cada um pensa como quer, sente<br />

como melhor lhe agrada e vive como lhe convém, sem se sentir coagido pelo semelhante a aceitar<br />

esta ou aquela fórmula restritiva da sua vontade independente.<br />

O <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong> propaga a sua doutrina, expõe os seus ensinamentos. Os que<br />

acharem que eles estão de acordo com o seu modo de ver e entender, que os ponham em prática.<br />

Em todos os setores da vida humana deve ser adotado esse critério, como resultado de uma<br />

boa compreensão acerca dos direitos de todos. O que se deverá fazer, sempre que possível, é<br />

esclarecer, orientar, dar, quando solicitado, seu depoimento pessoal, para as criaturas poderem<br />

construtivamente seguir o melhor caminho.<br />

Não é preciso procurar ninguém para incutir-lhes egoisticamente pensamentos próprios.<br />

Quem quer saber procura os meios. As vibrações da Inteligência Universal se estendem por toda<br />

parte, e pela lei da afinidade os encontros oportunos se fazem, quando uma alma deseja<br />

ardentemente conhecer a verdade sobre a espiritualidade ou o caminho certo.<br />

Uma das características do espiritualista é a ausência de fanatismo. O espiritualista, mais do<br />

que nenhum outro ser humano, sabe que os fatos se sucedem na ordem natural. Os indivíduos maleducados<br />

forçosamente demonstrarão o seu estado rude e grosseiro, mas, quando deixarem de ser<br />

mal-educados, poderão atingir, em requintes de aprimoramento, as mais atraentes qualidades de<br />

fino comportamento. Mas isso não se dará numa existência e, sim, ao correr delas. Portanto, dê-se<br />

tempo ao tempo. Desenvolvam-se, pacientemente, as inclinações saudáveis do espírito. Isso se<br />

consegue aos poucos, com o poder do raciocínio e da razão.<br />

O raciocínio e a razão opõem-se ao fanatismo e seguem, em paralelo, com a espiritualidade.<br />

É forçoso reconhecer que o fanático não se considera como tal e até se ofende se alguém o classifica<br />

nessa categoria. Isso porque todos olham para o exterior, quando mais necessário seria o exame<br />

imparcial e introspectivo.<br />

Na política, nos esportes e nas religiões é que se encontram os mais ferrenhos fanáticos. Os<br />

políticos, absurdamente, consideram inimigos os que têm flâmulas diferentes. Nos esportes, chegase<br />

a reprimir, agressivamente, os entusiasmos alheios; nas religiões, vai-se ao cúmulo de ter pena de<br />

quem não professa a sua mesma crença, por julgá-lo um condenado às trevas!<br />

O fanático tem idéias limitadas, é egoísta, presunçoso, convencido, impertinente e vê as<br />

coisas como se estivesse munido de um antolho, que lhe permite perceber apenas uma faixa do<br />

cenário que o cerca.<br />

Ao contrário disso, o espiritualismo estimula no indivíduo as idéias largas, os pensamentos<br />

altruístas e a visão dilatada de todas as coisas. O espiritualista é pacífico, reconhece que todas as<br />

almas, encarnadas ou não, são componentes de um mesmo Todo, a caminhar para uma única meta,<br />

que é a perfeição. Se, por um lado, o espiritualista não faz alianças com quem se volta contra as<br />

práticas da virtude, por outro lado, não hostiliza, não se imiscui com as suas preferências, na certeza<br />

de que o tempo, com a sua ação, há de produzir seus irreprimíveis efeitos.<br />

Os fanáticos colocam a amizade muito abaixo da sua paixão partidarista. Estão prontos a<br />

sacrificá-la, quando sentem que o amigo é de outra corrente. Agem de forma decepcionante. As<br />

qualidades negativas vêm à flor da pele, ao menor contato. Revelam-se assim que se apresente a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!