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A felicidade existe - Racionalismo Cristão

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os ensinos da moral se concretizem na Terra e todos possam estimar-se, viver em congraçamento,<br />

fraternalmente unidos, solidários, com amizade, respeito e amor.<br />

Injustiça<br />

Por isso é que afirmamos que a <strong>felicidade</strong> <strong>existe</strong>.<br />

Os indivíduos apaixonados por um partido, por uma causa ou uma ideologia tornam-se<br />

parciais, perdem a visão de conjunto, fixando sua atenção somente no que lhes interessa. Nessas<br />

circunstâncias, os julgamentos são unilaterais, cometendo-se injustiças ao apreciar, sem isenção de<br />

ânimo, o outro lado da questão.<br />

Ninguém se deve apaixonar por coisa alguma, porque a paixão domina o indivíduo que a<br />

possui, tira-lhe a serenidade, afeta-lhe o sistema nervoso, acalora, exalta, choca-se contra outras<br />

opiniões, estimula a intolerância, vai até à irascibilidade, passa por cima de amizades, limita a<br />

capacidade de entendimento, ofusca a lógica e a razão e favorece a atuação astral inferior.<br />

É sob o jugo da paixão que se cometem as mais graves injustiças, ferindo direitos,<br />

fomentando intrigas, levantando calúnias, conspurcando a honra e cometendo crimes. A paixão se<br />

manifesta nas contendas políticas, nas questões de raça, no regionalismo estreito, no nacionalismo<br />

exagerado, nas crenças religiosas, nas disputas esportivas, nas jogatinas e nos ardores sexualistas.<br />

Em todos esses aspectos, o indivíduo torna-se, quando se apaixona, um cego para a justiça,<br />

porque apenas vê, diante de seus olhos, a imagem egoísta do seu desejo pessoal e incontrolado.<br />

A injustiça que se comete pelo mundo está intimamente ligada à maneira estrábica de<br />

apreciar os fatos, através da deformação dos sentidos transformados.<br />

A injustiça é uma conseqüência da lei imutável de causa e efeito, tendo a sua origem nos<br />

fundamentos materialistas em que, lastimavelmente, se apóia o próprio ensino.<br />

O senso da justiça é inato no indivíduo, tanto que é revelado pela criança em suas<br />

manifestações ingênuas e espontâneas. O homem nasce para ser justo em todas as suas ações, e só<br />

por uma perversão da índole deixa de conservar esse princípio salutar.<br />

Desde o amanhecer na vida física está o ser preparado para colher as lições de<br />

espiritualidade, mas encontra no mundo mais facilidades para desenvolver as qualidades negativas<br />

que traz consigo, e são tão precárias as orientações nas ordens sectárias, que o resultado é esse que<br />

todos vêem, o de encontrar-se a humanidade mergulhada no mar das emoções materialistas, em que<br />

o respeito aos atos de justiça são relegados a segundo plano.<br />

Não há quem não tenha sofrido injustiças no mundo, tantas são as causas que as<br />

determinam. A principal delas, a que envolve todas as demais, é a falta de dedicação às coisas do<br />

espírito. Por isso, para melhorar as condições terrenas só há uma solução, que é a de se seguir pelo<br />

caminho da espiritualidade.<br />

As injustiças fazem sofrer porque ofendem, diminuem o valor, usurpam, desclassificam,<br />

lesam e provocam um ressentimento que custa a ser esquecido. Por isso a injustiça é um<br />

procedimento agressivo, malévolo, muitas vezes gerado pela prepotência.<br />

A pessoa injusta, além de não ser atraente, apresenta traços de algoz. Antes de o indivíduo<br />

perder essa má inclinação de resolver os casos pela prática da injustiça, terá de reformar outros<br />

defeitos associados, pois que nesse estado a sua formação moral deixa muito a desejar.

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