A felicidade existe - Racionalismo Cristão
A felicidade existe - Racionalismo Cristão
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Vícios<br />
O astral inferior está repleto de espíritos que adquiriram vícios quando encarnados, e, na<br />
situação em que se encontram, dispõem de um só meio de satisfazê-los: o de se encostar aos seres<br />
encarnados, também viciados, para, junto deles, em ação vampiresca, se saciarem, associando-se<br />
intimamente os seus corpos físicos e os seus sentidos.<br />
Assim, o que foi jogador inveterado fica junto à mesa do jogo; associado àquele por quem<br />
nutre maior simpatia, passa a intuí-lo para que faça os lances que lhe aprazem, e “ruge”,<br />
enraivecido, quando as intuições não forem captadas como deseja. Outros espíritos, igualmente<br />
viciados no jogo, passam a influenciar outros jogadores encarnados, e a peleja astral em torno deles<br />
segue renhida, estimulada por impropérios e imprecações. As figuras dos espíritos do astral inferior<br />
costumam ser de repelente aspecto, vítimas dos pensamentos que acalentam, engendrados na lama<br />
pestilenta do vício.<br />
Idêntico fenômeno se opera com os espíritos do astral inferior que, quando encarnados,<br />
foram alcoólatras e se sentem ressequidos e com um desejo incontrolável de ingerir bebidas fortes e<br />
embriagantes a que se acostumaram. Para satisfazer esse desejo, se apegam aos ébrios do plano<br />
físico e de tal forma conseguem justapor o seu corpo astral ao corpo físico do encarnado que<br />
passam a sentir, como se encarnados estivessem, o sabor do álcool e o efeito atuante da bebida<br />
ingerida. Desse modo se satisfazem e continuam alimentando o vício.<br />
Assim também acontece com os que fumam ou se entregam a qualquer outro vício. Há<br />
vícios maiores e menores, mas são sempre vícios. Os espíritos viciados do astral inferior estão<br />
sempre próximos dos encarnados, à procura daqueles que possuam vícios iguais aos seus. Os que<br />
não têm vícios não lhes interessam, ficando, assim, livres dessa péssima assistência. Por aqui se vê<br />
quanto os seres encarnados, possuidores de vícios, estão expostos a um duplo malefício: o de ordem<br />
material e o de ordem moral, ficando sujeitos não só à ação perniciosa e destruidora da saúde e da<br />
resistência física como a receberem de obsessores as contaminações de duas origens, seja pela<br />
acumulação de fluidos deletérios, seja pela ressonância de vibrações inferiores.<br />
O viciado é, pois, um pólo de atração das forças inferiores; ele as alimenta, as mantém em<br />
torno de si, recebe as suas intuições e acaba modificando o seu modo pessoal de ser, para tornar-se<br />
um reflexo dessas intuições, em suas manifestações.<br />
Os vícios são promotores do suicídio lento por contribuírem, direta ou indiretamente, para o<br />
encurtamento da vida, uns atingindo frontalmente a estrutura orgânica do indivíduo, outros<br />
corroendo a alma e produzindo manchas no perispírito, que só no curso de outras vidas irão<br />
desaparecer.<br />
O viciado, de um modo geral, não escapa ao estágio no astral inferior após a desencarnação,<br />
por estar o seu corpo astral impregnado de efeitos do vício, e porque só no astral inferior <strong>existe</strong>m<br />
formas vibratórias suficientemente baixas para absorver tais efeitos, o que se dá num tempo mais ou<br />
menos longo, conforme a natureza do vício, a sua intensidade e os males que produziu.<br />
O vício é, pois, um hábito pernicioso que leva o espírito a sofrer os danos morais e físicos<br />
dele decorrentes, com os quais muito retarda a sua evolução. A permanência de forças astrais<br />
inferiores junto à pessoa do encarnado predispõe-na a adquirir manias, a contrariar os bons<br />
princípios, a indispor-se com terceiros, a perder a capacidade de ação própria de pensar e agir com<br />
independência, a tornar-se intolerante e enfadonha, deixando escapar as melhores oportunidades da<br />
vida. Numerosas in<strong>felicidade</strong>s, que poderiam ser evitadas, ocorrem na vida em conseqüência da<br />
ação funesta do astral inferior. Logo, é profundamente condenável todo e qualquer costume que<br />
proporcione contato com esses espíritos infelizes da baixa camada atmosférica, que não são visíveis<br />
aos olhos da carne, mas que são tão reais como os demais seres encarnados.