A felicidade existe - Racionalismo Cristão
A felicidade existe - Racionalismo Cristão
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aplicar castigos, mas não se pode dar de ombros diante de falhas cometidas. As tendências más ou<br />
boas, trazidas das vidas anteriores, manifestam-se desde cedo, e devem ser analisadas.<br />
Os espíritos que encarnam em meio civilizado são geralmente almas velhas, milenárias, com<br />
grande número de reencarnações, nas quais colheram, sucessivamente, as tendências que<br />
demonstram. É recomendável não esquecer esse aspecto do problema, que deve orientar a ação<br />
educativa. Muitas criaturas ignoram que inúmeros erros que se revelam estão entranhados,<br />
profundamente, na natureza espiritual do pequeno ser, e a extirpação deles requer engenho,<br />
paciência, raciocínio e muita compreensão.<br />
Todos escolhem, de antemão, as provas que desejam suportar na Terra, sabendo quais são<br />
aquelas que melhor atendem às imperiosas necessidades da evolução individual.<br />
Essas provas variam de pessoa para pessoa, ou seja, de espírito para espírito, e, como é<br />
sabido, quanto maior for a carga suportável, tanto mais rápida será a ascensão a planos mais<br />
elevados, onde a <strong>felicidade</strong> acena de maneira fascinante, razão por que os seres se dispõem, na<br />
maioria, a enfrentar experiências aqui neste campo de luta e dor, no máximo das suas<br />
possibilidades.<br />
Os filhos exigem sempre de seus pais uma grande dose de abnegação, trabalho, esforço,<br />
renúncia, sacrifício, dedicação, cuidado. Sem essa submissão pessoal e obrigatória, deixam os pais<br />
de pagar uma dívida seriamente contraída, ou de resgatar um compromisso assumido, e as<br />
conseqüências aflitivas virão depois, acrescidas dos reflexos dos danos originados com a má<br />
educação adquirida pelos filhos moralmente desamparados.<br />
Parte da responsabilidade nos desmandos dos filhos na Terra recai sobre os pais, razão pela<br />
qual devem estes evitar a desatenção, a indiferença e o descaso na educação da prole. Muito embora<br />
seja a tarefa cansativa ou mesmo estafante, nem por isso pode haver condescendência com o rigor<br />
das obrigações.<br />
Há crianças peraltas, irrequietas, plenas de energia, arteiras, sôfregas, que não podem ficar<br />
um momento sequer fora da vista da pessoa acompanhante, para não fazerem uma travessura<br />
perigosa. É de avaliar-se, pois, a preocupação das mães por filhos tão irrequietos. A mãe<br />
esclarecida, porém, tem mais força moral para suportar o embate, para se conformar com a partilha,<br />
sabendo que a alguém deveria ser confiada a tarefa que lhe coube.<br />
Há maior merecimento para a mãe que souber recuperar um filho nascido com débitos de<br />
extrema gravidade do que para outra cujos filhos pouco têm que resgatar. Verdade é que a primeira<br />
mais necessita do que a segunda, para a sua evolução, daquela prova, pela qual a outra já deve ter<br />
passado.<br />
Tudo na vida está bem pensado e bem distribuído. Embora seja difícil, às vezes,<br />
compreender como um fato ocorrido, aparentemente mau, possa redundar em bem, na realidade isso<br />
se dá, porque acima dos horizontes humanos está a ilimitada visão astral.<br />
Filhos ansiosos de progresso, inteligentes, dinâmicos, varonis, que poderiam ter as suas<br />
reservas de energia aproveitadas, com grande rendimento, no caminho da espiritualidade, por falta<br />
de orientação inicial dos pais sem esclarecimento ou insuficientemente esclarecidos, seguem outro<br />
rumo, atraídos pelo mundanismo imperante, tornando-se servos do dinheiro, do sexo, da ostentação,<br />
do luxo, da vaidade, e perdendo, por esse modo, os anseios latentes que trouxeram. São<br />
numerosíssimos os casos dessa espécie.<br />
As mães que estiverem fazendo todo o possível para dar aos filhos a assistência espiritual<br />
que eles precisam, não se devem afligir quando não atingirem a remodelação total, nem mesmo a