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A felicidade existe - Racionalismo Cristão

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A luz da verdade espiritualista é força dominante que não pode ser contida. O<br />

desbravamento das trevas está sendo feito; em cada dia que passa o ser, mais um avanço se registra<br />

nesse sentido, imperceptível embora, mas seguro.<br />

Contrastes aparentes<br />

Observam-se na vida verdadeiros contrastes no comportamento dos seres humanos.<br />

Há indivíduos maldosos, incorretos, imorais, vingativos, desonestos que, em lugar de serem<br />

colocados nos seus lugares, pelas inferioridades que apresentam, são, quando ricos e influentes,<br />

cortejados, tratados com cerimônia, acolhidos com suposta simpatia e olhados com reverência, pela<br />

notável posição que desfrutam.<br />

Quadros como esse são vistos por aí, em toda parte. Então, o que acontece é ficarem aqueles<br />

que estão principiando os seus estudos espirituais estarrecidos, por notarem o contraste, que é<br />

apenas aparente, quando se afirma que “cada um tem o que merece”, “quem planta colhe”, “quem<br />

mal faz para si o faz” etc, parecendo que essas verdades não se ajustam à realidade.<br />

Ficam esses estudiosos incipientes intrigados, ao constatarem que tudo corre bem para tais<br />

indivíduos desprezíveis, pois ganham rios de dinheiro, são eleitos com grande maioria de votos nas<br />

pugnas eleitorais para os cargos aos quais se candidatam, desfrutam de grandes privilégios, vivem<br />

nababescamente, cercados do maior conforto, têm tudo o que precisam do melhor e do mais caro,<br />

são contemplados com generosos favores, a maioria diante deles se curva, e vivem como se fossem<br />

os escolhidos da grei celestial.<br />

Como é então — pensam — que tais indivíduos, tão falhos em virtudes espiritualistas,<br />

conseguem na vida uma situação preferencial de soberania sobre os que palmilham pela estrada do<br />

dever, da honra e do trabalho?<br />

Parece realmente um paradoxo; mas é preciso não esquecer de que na vida tudo obedece a<br />

leis naturais. Não há, nem pode haver, injustiça na aplicação dessas leis sábias. Assuntos dessa<br />

natureza só encontram explicação na órbita dos estudos espiritualistas.<br />

Aceita essa condição, deve-se reconhecer que não é possível apreciar os fatos que ocorrem<br />

na vida terrena levando em conta a única encarnação em que se projetam; eles estão intimamente<br />

associados com o passado distante, com ocorrências verificadas em outras vidas. Dessa maneira, o<br />

que acontece numa existência é como se fosse um curto capítulo de um longo romance.<br />

Evidentemente se a alguém for dado examinar um único capítulo de determinado romance, de modo<br />

algum poderá ter uma idéia do conjunto da obra.<br />

Assim também acontece na vida. Querer focalizar, isoladamente, os fatos desenvolvidos<br />

numa só encarnação, para tirar conclusões judiciosas, é querer o impossível, quando se pretenda<br />

explicar o motivo dos contrastes aparentes. Altos dignitários poderão ser, em vidas subseqüentes,<br />

operários sem qualificação, para compensarem, nos pratos de equilíbrio da balança, o contrapeso da<br />

vaidade, do orgulho, da prepotência e da presunção.<br />

Alguns chegam a ficar descrentes, parecendo-lhes que a propalada justiça não passa de um<br />

mito. Por isso, nada faz mais falta ao ser humano do que a espiritualidade, tão precária ou tão<br />

ausente no seio das seitas e religiões.<br />

O indivíduo, na cadeia imensa de suas reencarnações, passa pelas experiências de pobre, de<br />

rico, de servidor braçal, de mentor intelectual, de patrão, de empregado, de homem, de mulher, e<br />

cumpre milhares de atribuições inerentes àqueles exercícios. Por essa razão encontra-se na Terra,<br />

para cursos experimentais, toda essa variedade de misteres e afazeres, cada qual correspondendo às<br />

necessidades adequadas.

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