A felicidade existe - Racionalismo Cristão
A felicidade existe - Racionalismo Cristão
A felicidade existe - Racionalismo Cristão
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
A vida exige compenetração, havendo muitas maneiras de se dar asas ao pensamento bemhumorado,<br />
sem necessidade de se descambar pela ladeira escorregadia dos assuntos escabrosos e de<br />
nenhuma objetividade construtiva.<br />
Não é só o caso de ter a pessoa que conter a sua natureza; é preciso educá-la,<br />
convenientemente, para que se estabeleça o bom hábito de não acolher idéias e pensamentos de<br />
ordem inferior. Daí por diante, ela não sentirá falta das alusões menos dignas quando quiser<br />
fomentar uma conversação.<br />
As pessoas precisam apurar os dons do espírito e, deste modo, valorizar-se perante si<br />
mesmas e diante de seus semelhantes. Todos apreciam a elegância das maneiras finas, nobres e<br />
espontâneas, por serem elas vazadas no mais rigoroso propósito de manter-se uma boa higiene<br />
mental.<br />
Os que comumente se especializam em assuntos inconvenientes e de baixa significação<br />
criam uma aura condizente que bem os individualiza, se tornam centros de atração das correntes<br />
congêneres, e de tal modo nelas ficam emaranhados que cada vez maiores dificuldades encontram<br />
para sair desse enleamento. As pessoas espiritualmente sadias sentem choques, impactos, com a<br />
simples aproximação de um ente assim formado e, por mais que não queiram, a repulsa é inevitável.<br />
Tanto a higiene física como a mental, indispensáveis ao espírito, fazem parte integrante da<br />
sua evolução e contribuem para estabelecer um clima de sanidade moral propício aos melhores<br />
vaticínios.<br />
Os que quiserem pautar a sua vida pelas normas espiritualistas não se devem descuidar<br />
destes preceitos de higiene mental, porque só assim estarão, passo a passo, atingindo o elevado<br />
objetivo da encarnação. Vejam se seria possível admitir um Mestre desbocado! Evidentemente não<br />
é preciso ir tão alto para focalizar o exemplo, porque milhares de criaturas são incapazes de descer<br />
ao fraco gosto de aplicar, nas conversações, palavras indecorosas.<br />
A educação do pensamento é uma necessidade que não pode ficar à margem do exercício da<br />
força de vontade. Ambas estas faculdades têm de constituir motivos de constante preocupação, para<br />
que a boa higiene mental naqueles que não a possuam se converta num hábito comum, de<br />
espontânea e livre manifestação.<br />
Pode ser avaliado o estado pouco lisonjeiro da massa humana, no sentido espiritual, por essa<br />
maneira imprópria e irreverente de empregar palavrões e termos que escandalizam, pela sua<br />
conceituação anti-higiênica.<br />
O indivíduo que sabe conversar em linha de elevação moral, usando a riqueza de<br />
vocabulário própria dos idiomas do mundo civilizado, expressando pensamentos limpos, contribui<br />
para manter ou conservar um ambiente de respeito, de dignidade e de consideração para com os<br />
interlocutores.<br />
Muitos podem pensar que a higiene mental não tem ligação com o espiritualismo. Esses<br />
laboram em grande erro, porque a falta de higiene mental é uma forma de impureza, ao contrário do<br />
caminho da espiritualidade, que é o da perfeição. Esta verdade é intuitiva, não exige comprovação,<br />
bastando que o indivíduo seja sincero consigo mesmo para reconhecê-la à luz da evidência.<br />
Em uma escola espiritualista, como a instituída pelo <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong>, a higiene mental<br />
faz parte dos predicados que precisam ser apurados para que o ser se desenvolva, como convém, na<br />
medida do possível. Em se tratando dos pais, que precisam dar exemplos edificantes aos filhos,<br />
maior soma de responsabilidade lhes cabe.