A felicidade existe - Racionalismo Cristão
A felicidade existe - Racionalismo Cristão
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Em contraposição ao complexo de superioridade está o de inferioridade. Sendo também<br />
destruidor, faz com que o indivíduo viva humilhado sob o seu peso, sentindo demasiado<br />
acanhamento e timidez. Por falta de confiança em si mesmo, espera que o empurrem para frente,<br />
que o guiem, que o ajudem, por sentir-se incapaz, inseguro, periclitante. Tem, assim, menores<br />
probabilidades de prosperar ou de vencer na vida.<br />
O complexo de inferioridade é um entrave ao progresso e, portanto, à evolução. É preciso<br />
reagir contra essa diminuição de que se sente impregnado o ser humano, quando atingido por esse<br />
sentimento arrasante, mórbido, que aniquila a personalidade.<br />
Adquirida a certeza, pelo estudo do espiritualismo, que todo o indivíduo é uma partícula da<br />
Força Criadora igual às demais, com as mesmas possibilidades, os mesmos direitos, idêntica<br />
capacidade e semelhantes recursos para conquistar a sua evolução, e que, na medida em que fizer<br />
bom uso do seu livre-arbítrio, terá que percorrer os mesmos caminhos que conduzem à evolução,<br />
não haverá mais lugar para complexos.<br />
A mania de grandeza é outra variante da série dos complexos. Há criaturas com a<br />
preocupação permanente de se fazerem importantes e, para se manterem nessa falsa posição, vivem<br />
de forma artificiosa, engendrando fatos inverídicos, com o fim de aparecerem aos olhos dos<br />
semelhantes, numa altura que está longe de ser a real. Os seres que alimentam tal mania de<br />
grandeza estão escravizados a um complexo do qual não se sabem também libertar.<br />
Outros, ainda, andam torturados com a mania de perseguição, vendo fantasmas por todos os<br />
lados a persegui-los, e, se não conseguem os favores que pleiteiam, pensam que estão sendo<br />
perseguidos. O indivíduo que não se esforça no seu trabalho, não cumpre bem os seus deveres, não<br />
é aplicado nem disciplinado e gosta da ociosidade, não faz jus a uma melhoria e, no fim, marca<br />
passo e, por isso, não é aproveitado nem promovido. Mas, para ele só há uma razão, que é a de estar<br />
sendo perseguido. Esses infelizes, com a idéia fixa da perseguição, são vítimas de si mesmos,<br />
entregues ao desânimo, à revolta e largados ao abandono.<br />
A salvação de todas as pessoas atacadas de complexos está no esclarecimento que o<br />
espiritualismo lhes proporciona. É nele que se encontra a cura desse mal.<br />
Todo espírito encarna para promover a sua evolução em corpo físico, e não se deve<br />
influenciar por complexos; poderá trazer tendências negativas, acumuladas no passado, que<br />
facilitem a manifestação de complexos, mas o seu dever é combatê-los tenazmente, com todas as<br />
forças que possui, para evitar que a hidra cresça e a sua destruição se torne difícil.<br />
Não se costuma dar aos complexos a importância que realmente têm, e por isso é que se<br />
notam, por toda parte, indivíduos desajustados, desequilibrados, perturbados, sem que saibam, ao<br />
menos, qual a origem do mal que os atormenta.<br />
O mundo está convulsionado, o desentendimento campeia à larga, há prevenções de uns<br />
contra os outros, o egoísmo continua sendo uma das molas mestras do mundo, e a favorecer tudo<br />
isso estão presentes as manias e os complexos, agravados pelo materialismo.<br />
As coisas no orbe só tomarão o aspecto em que predomine a segurança e a tranqüilidade<br />
quando a maioria estiver espiritualizada, conhecedora das leis eternas e cônscia da sua integridade<br />
espiritual no ajustamento da composição universal.<br />
Na Terra ninguém é perfeito. Cada qual tem as suas falhas, as suas deficiências, que<br />
precisam ser eliminadas, mas urge que sejam, antes, reconhecidas. Entre os vários tipos de<br />
imperfeição está o dos complexos, nestas linhas focalizados. É um defeito incômodo, pernicioso,<br />
que produz atritos entre os seus, quando os outros indivíduos não estão dispostos a tolerá-los. Há os<br />
que se insurgem contra a necessidade, que às vezes se apresenta, de carregar um pacote, uma cesta,