A felicidade existe - Racionalismo Cristão
A felicidade existe - Racionalismo Cristão
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Uma vez que é ponto fundamental acelerar o processo de espiritualização da humanidade,<br />
nenhuma brecha deve ser concedida ao escoamento dos esforços no bom sentido adotado. Por isso,<br />
o cuidado com a higiene mental está incluído nos demais que formam o conjunto saneador, capaz<br />
de conduzir a criatura à remodelação procurada.<br />
Quando se dá combate a um mal, investe-se sobre o mesmo, por todos os lados, não se lhe<br />
permitindo a menor oportunidade de êxito, para que os resultados sejam satisfatórios. O erro de não<br />
se dominar a falta de higiene mental precisa, por isso, ser rigorosamente combatido e, por fim,<br />
aniquilado, para haver coerência no modo de se encararem os problemas que impeçam a evolução<br />
em sua plenitude.<br />
As reservas espirituais de cada ser não podem ficar maculadas com as impurezas dos<br />
impropérios e as levianas narrativas de panoramas imorais de histórias que turvem a mente e<br />
envileçam, aviltem o pensamento.<br />
Quando se mentaliza a imagem moral de um espírito de luz, não passa pela cabeça de<br />
ninguém fazer associações desse ente com pensamentos menos elevados e puros. Os que se<br />
espiritualizam marcham para esse estado de iluminação, com a evolução normal, e desde já urge<br />
cuidar, com esmero, da sua higiene mental, como parte completiva de uma prática que tem de ser<br />
exercida em todos os momentos, para que se consume o ideal da superiorização dos dotes<br />
espirituais.<br />
Salvação<br />
Entre os adeptos das numerosas seitas denominadas cristãs, há os que pregam suas<br />
ideologias de Bíblia na mão, e, por isso, em algumas regiões, são conhecidos como bíblias.<br />
A interpretação da Bíblia difere de uma para outra seita, mas todas pregam a salvação.<br />
Ensinam que aquele que acreditar que Jesus derramou o seu sangue na cruz para o salvar estará<br />
salvo.<br />
Salvo quer dizer livre de pecado, com a sua entrada assegurada no “Reino dos Céus” após a<br />
morte, onde se avistará com Deus, sentado numa espécie de trono, tendo à sua direita o seu filho<br />
unigênito, Jesus. Ali aguarda o momento de julgar os vivos e os mortos. Os que antes de morrer<br />
foram salvos, ressuscitarão, em carne e osso, nessa ocasião. É o que revela a Bíblia.<br />
Nada mais simples e cômodo do que adquirir, de maneira sumária, tal salvação. Ninguém é<br />
admitido nessas seitas sem fazer profissão de fé, que consiste no ato de obter a salvação. Os que se<br />
salvaram, porque creram, tornaram-se crentes, termo pelo qual gostam de ser chamados.<br />
Os crentes são seres privilegiados, segundo acreditam, por se haverem tornado, consoante a<br />
mística bíblica, ovelhas do rebanho do Senhor, pastoreadas pelo Bom-Pastor, que no caso é, como<br />
dizem, o Senhor Jesus Cristo.<br />
Acontece, porém, que, na dura realidade dos fatos, todos os que se encontram encarnados<br />
são imperfeitos e estão sujeitos a errar, uns mais, outros menos, conforme o seu acervo espiritual,<br />
acumulado em numerosas vidas passadas. Mas quem está salvo está limpo do pecado e não pecará<br />
mais; daí a dificuldade de harmonizar, no seio dessa família de crentes, dois fatos antagônicos: a<br />
pureza com a imperfeição. Sustentar a pureza com a imperfeição latente é impossível, e daí decorre<br />
a circunstância de se verem os crentes, em certos casos, obrigados a encobrir falhas cometidas, para<br />
que outros não vejam empanada a suposta pureza, pois, se tal se desse, não faltariam motivos para<br />
exclamações de espanto e outras manifestações escandalosas.